Os velórios em Botucatu serão mais curtos com sepultamento realizado no mesmo dia, além de suprimir a ultima abertura do caixão funerário, no cemitério. Além disso, conforme explicou Lourival Panhozzi, presidente da Associação Nacional de Empresas Funerárias e diretor do Sistema Prever, o cerimonial do velório deverá reunir apenas a família e amigos mais próximos.
“Amigos e pessoas conhecidas poderão usar o aplicativo da empresa para enviar condolências à família do falecido. Essa mensagem será apresentada nos televisores que estão instalados no Velório e nós também enviaremos todas as mensagens para os familiares. Isso reduziria a concentração de pessoas e o risco de propagação da doença”, salientou Lourival Panhozzi, em entrevista na Radio Clube FM.
O protocolo de funcionamento do velório foi discutido com o prefeito Mário Pardini, na ultima terça-feira, 17. As medidas também estão sendo praticadas pelas funerárias brasileiras, a partir das observações conduzidas pela equipe da Prever na Cidade.

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De acordo com Panhozzi, normalmente as presenças no Complexo Funerário Orlando Panhozzi são na maioria dos casos, de pessoas idosas e que integram os grupos de risco de morte com o Covid-19.
“O risco de contaminação por conta das pessoas que estão no velório é um risco real. Essa foi a tônica da conversa com o prefeito, Temos de ter consciência coletiva de que já propagação da coronavirus. Não vamos proibir a família, mas pedimos a colaboração das pessoas, para evitarmos aglomerações”.
Em uma semana o Complexo Funerário vai ter a disposição das famílias que estão se despedindo de parentes, um termômetro que mede o calor do corpo a distância, semelhante aos que estão sendo usados na Europa e Asia, além de produtos com gel e álcool.
Os funcionários da empresa também estão recebendo treinamento e protocolos para preparação do sepultamento. “O maior risco não está na preparação do corpo, pois usamos equipamentos de proteção individual, como luvas, toucas, máscaras, óculos e eu já falei com minha equipe”, destacou o empresário.
Panhozzi salientou que as medidas de redução da presença de pessoas no ambiente, envio de mensagens usando os aplicativos moveis e enviando relatório para os familiares, alem dos procedimentos, como não abrir o caixão instantes antes do sepultamento, ajudarão a reduzir os riscos de contaminação das famílias e amigos com o coronavirus.
O empresário e líder empresarial relatou ainda na entrevista que os procedimentos internos da empresa e o atendimento no Complexo Funerário tiveram assessoria de docentes da Faculdade de Medicina e Hospital das Clinicas.