A textura é de um isopor e o gosto lembra um biscoito de polvilho (mas não tem finalidade de ser comida). a ideia do pesquisador Humberto Pupo que montou uma empresa na Incubadora de Botucatu e chega a produzir 20 mil bioembalagens por mês.
Numa máquina especialmente desenvolvida para isso, uma biomassa feita a partir da fécula da mandioca, água e outros resíduos naturais [cana e bambu] é superaquecida e dada a forma de bandejas e pratos.
O grande diferencial deste tipo de material está no impacto positivo que traz ao meio ambiente. Enquanto o isopor e o plástico demoram centenas de anos para se decompor e ainda agridem a natureza, a bioembalagem desaparece em semanas em contato com o solo. Se colocada em água corrente, chega a se dissolver totalmente em questão de minutos.
A tecnologia foi desenvolvida há cerca de 20 anos, dentro do Centro de Raízes e Amidos Tropicais (Cerat) da Unesp Botucatu. Mas apenas há alguns anos obteve as autorizações necessárias para ser comercializada.
Hoje, tal produto já tem sido demandado por algumas empresas que trabalham com hortifruti orgânico. Mas a expectativa é que, no futuro, tais bioembalagens possam ser vistas em grande escala. Quem sabe, como prato de merenda servida nas escolas ou até nas prateleiras de supermercado.
“Produzir uma bioembalagem como a nossa logicamente custa pouco mais caro que uma embalagem de isopor ou plástico convencional. Questão de centavos. Mas claro que é possível ser mais competitivo. Tudo depende da demanda e incentivos neste tipo de tecnologia. Mas estamos confiantes neste mercado”, garante Pupo.
“Infelizmente ainda existe uma parcela pequena de pessoas preocupadas, mas graças a Deus o mundo hoje está mostrando os grandes problemas dos resíduos, principalmente o plástico, o isopor e o alumínio, que são os principais vilões. O intuito não é simplesmente vender os produtos. Quero conscientizar as pessoas”, complementa o empreendedor.
(da assessoria)

















