A noite de sexta-feira, 30, foi de muita confusão e brigas, além de envolvimento da Força Tática da Policia Militar, acionada pela diretoria da Câmara de Pardinho, para conter manifestantes contrários e favoráveis a um Projeto de Lei de autoria do Executivo alterando cargos e salários do Magistério Público da cidade.
Também foi votado e aprovado três projetos de Leis Complementares criando a Procuradoria Jurídica do Município e alterou o quadro de pessoal prefeitura e também os salários dos funcionários da Câmara Municipal.
Os projetos foram aprovados por cinco votos favoráveis e três contrários.
Os vereadores de oposição disseram que não eram contrários ao reajuste de salário do funcionalismo, mas sim contra o pacote de ‘gentilezas’ que reajustou categorias em faixas escalonadas de 75%, 100% e 200% o salário dos servidores em cargos de confiança.
Segundo os manifestantes, a proposta de reajuste diferenciado beneficiou 29 pessoas.
Os vereadores contrários aos projetos de lei disseram que esse reajuste ‘nas alturas’ dos cargos em comissão será mantido, se o comissionado for concursado na função de confiança do prefeito.
“Pela lei, após três anos de concessão do salario, se o comissionado for do quadro de funcionários da Prefeitura, ele terá mantido os valores, mesmo não exercendo a função de confiança”, explicou o vereador José Luiz Virginio dos Santos (PR/foto ao lado).
O vereador José Luiz contou que desde a posse do atual prefeito Dito Rocha não houve reajuste salarial. “Foi dado uma recomposição da inflação de 6,5% e implantaram uma cesta básica, retirando o vale alimentação”. No ano passado, “depois de cinco anos sem reajustes foi adicionado um valor de R$ 150,00 no vale alimentação”, completou o vereador.
De acordo com fontes do Botucatuonline manifestantes e esposas de vereadores contrários e favoráveis brigaram no término da votação.
A Policia Militar usou ‘spray de pimenta’ para dispersar os manifestantes contrários e favoráveis.
Os vereadores da bancada governista tiveram de ter proteção policial para saírem da Câmara de Pardinho, dado o grau de radicalização que ocorreu durante a votação.
Os vereadores de oposição relataram que devem procurar o Tribunal de Contas do Estado para questionar o que chamam de distorções salariais. O prefeito Dito Rocha não foi localizado para falar sobre o projeto de lei que encaminhou.