Cientistas de 56 cidades brasileiras se preparam para participar de um dos maiores eventos dedicados à divulgação da ciência no mundo: o Pint of Science. Nos dias 14, 15 e 16 de maio, eles vão se unir a pesquisadores de outros 20 países e deixarão as bancadas dos laboratórios para ocupar mesas de bares e conversar sobre suas pesquisas com a população.
Em Botucatu, que participará pelo segundo ano consecutivo da iniciativa, o evento será coordenado pelo Prof. Rafael Henrique Nóbrega, do Departamento de Morfologia, do Instituto de Biociências da Unesp. Apenas no Brasil, a expectativa é de que 50 mil pessoas de todas as regiões compareçam aos bate-papos.
O objetivo é criar um canal de comunicação direto entre os cientistas e a sociedade, explica Natalia Pasternak Taschner, coordenadora do festival no País:
“As pessoas querem saber, têm sede de ciência, e os cientistas querem falar”.
Durante o festival, os pesquisadores conversam com o público de forma descontraída, respondem perguntas e não há formalidades como inscrição ou emissão de certificados. Também não é preciso pagar entrada, apenas o que for consumido nos estabelecimentos que sediam o evento.
Esclarecer como a ciência funciona e mostrar a beleza existente em sua capacidade de investigar e explicar o mundo estão também entre as metas dos organizadores.
“É um desafio ensinar conceitos em uma conversa no bar, mas, se conseguirmos encantar as pessoas, despertar sua curiosidade, elas buscarão o conhecimento. É esse encantamento que procuramos despertar no Pint of Science”, afirma a coordenadora.
Realizado pela primeira vez no Brasil em 2015, quando foi trazido da Inglaterra pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, o Pint of Science cresce a cada ano. Os 22 municípios da edição passada saltaram para mais de 50 e, com a entrada de cidades da região Norte, pela primeira vez o evento abrangerá todas as áreas do País.
“Para os municípios da região Norte, é interessante participar do Pint of Science porque podemos aumentar o intercâmbio e o fluxo de ideias, de troca de informações. Isso é fundamental para diminuir o preconceito com o trabalho de pesquisa que é realizado nessa parte do país e para ampliar a visibilidade dos nossos projetos”, afirma Adolfo Mota, professor da Universidade Federal do Amazonas que coordena o festival na região.
Além da coordenação nacional e regional, em cada um dos 56 municípios que participarão do festival há um coordenador local responsável pelo evento. A relação das cidades participantes já está disponível no site pintofscience.com.br e a programação em cada localidade poderá ser conferida a partir da segunda quinzena de abril.
(das assessorias)