A mulher de 27 anos, moradora de Botucatu, que foi vítima de racismo dentro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, na última quinta-feira, 17, onde trabalha como recepcionista e foi chamada de “macaca” pela mãe de uma paciente, conversou com a reportagem do Jornal Leia Notícias e disse que está muito abalada com a situação.

Funcionária de uma empresa terceirizada, a vítima contou que trabalha há 11 anos na Unesp e essa foi a primeira vez que passou por isso. De acordo com ela, uma mulher de 36 anos, mãe de uma paciente, ao passar pela triagem não apresentava os documentos necessários e ela não pode liberá-la.

Contrariada, a mulher iniciou ofensas contra a atendente, chamando ela de “macaca” e ainda teria dito que “preto quando não caga na entrada, caga na saída”.

“Não quero divulgar meu nome, nem minha foto. É a primeira vez que passei por isso. Não estou sabendo lidar, estou muito abalada. Fico toda hora lembrando as palavras que ela me disse”, disse a vítima ao Jornal Leia Notícias.

Vítima do crime de racismo, a recepcionista ainda se sente mal com toda situação. “Não quero colocar minha foto, senão todos vão ficar me perguntando e falando. Estou abalada, preciso colocar minha cabeça em ordem e tentar entender isso que aconteceu comigo. Tenho 27 anos e essa foi a primeira vez. Trabalho há 11 anos na Unesp, nunca tive problemas, sempre trabalhei de frente com o público, ninguém nunca fez o que ela fez. Estou bem chateada e abalada com a situação”, finalizou.

No dia, após as agressões, A vítima acionou a Polícia Militar e a autora do crime de racismo foi detida. Foi registrado Boletim de Ocorrência sobre o fato e aberto um inquérito policial.

A mulher, que fez as ofensas racistas, moradora de Arealva, pagou fiança de R$ 1,5 mil e foi liberada.

A Assessoria de Imprensa do HC de Botucatu informou que a funcionária é terceirizada, mas que foi prestado todo apoio e a segurança na unidade hospitalar acompanhou todo o caso.

 

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