Conscientização e ato contra tráfico ilegal de animais marcam Semana do Meio Ambiente

O Cempas (Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens) da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp, câmpus de Botucatu, participou da promoção de diversas atividades da Semana do Meio Ambiente na cidade.

Nos dias 7,8 e 9 de junho, no Sítio São José, no distrito de Rubião Júnior, crianças do ensino fundamental de escolas municipais, participaram de uma programação especial de conscientização sobre preservação ambiental e saúde pública.
Foram palestras, oficinas, exposições e atividades lúdicas promovidas pela equipe do Cempas, Vigilância Sanitária da Prefeitura Municipal, Grupo de Ações Ambientais da Região de Botucatu, Polícia Ambiental Militar e Guarda Municipal.
O Tenente André Manoel Silva, comandante da Polícia Militar Ambiental na região de Botucatu, falou sobre as iniciativas em parceria com o Cempas e demais instituições.

“Nossa intenção é tentar reduzir a quantidade de ocorrências envolvendo animais silvestres na nossa região. Na idade em que essas crianças estão, é mais fácil incutir valores positivos como a preocupação com a preservação do meio ambiente. É uma semente que plantamos hoje esperando colher os frutos a médio e longo prazo”.

Adriana Andrade Inocente, professora do terceiro ano do ensino fundamental da Escola Francisco Ferrari Marins, aprovou a programação. “É importante para que as crianças cresçam educadas sobre a necessidade de preservar a natureza e cuidar dos animais. Vendo os exemplos mostrados aqui é mais fácil para assimilarem esses conceitos. É uma atividade que enriquece muito a formação deles”.
Gaiolas
No sábado, 10 de junho, nas imediações do Parque Municipal “Joaquim Amaral Amando de Barros”, aconteceu um grande ato simbólico de combate ao tráfico de animais silvestres.
Mais de 600 gaiolas apreendidas pela Polícia Militar Ambiental em atividades de repreensão à criação irregular de animais foram destruídas por um rolo compressor da Prefeitura Municipal.
As gaiolas ocuparam cerca de 300 metros da rua Rua Lourenço Carmello.
“É um evento que tem uma simbologia grande para nós da Polícia Militar Ambiental em razão do nosso esforço para coibir a criação irregular de pássaros”, declarou o Tenente André Manoel Silva. “Botucatu tem uma extensa fauna de aves que encantam nosso município e, portanto, deve também se preocupar com o seu Verde. Este evento é prova de que estamos gerenciando este problema que é o tráfico de aves”, afirmou o secretário municipal do Verde, Márcio Piedade, o Caco.
A destruição também serviu como cumprimento judicial, já que ao serem aprendidas pela Polícia Militar Ambiental, as gaiolas devem, por lei, ser inutilizadas. Todo o material resultante da destruição será encaminhado a Cooperativa dos Catadores de Material Reciclável de Botucatu, para ser separado e reutilizado.
O coordenador do Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres (Cempas), professor Carlos Roberto Teixeira, cita que a realização busca combater especialmente os criadores de aves clandestinos. “As ações são contra os criadores clandestinos, que devem ser combatidos. Apoiamos aqueles que fazem a criação legalizada, pois colaboram, inclusive, para a preservação das espécies”, explica Teixeira.
Participaram do evento integrantes da Polícia Militar Ambiental, da Guarda Civil Municipal, da Unesp de Botucatu, e do Grupo de Apoiadores Ambientais da região de Botucatu.
A prática de aprisionamento de aves sem a liberação dos órgãos competentes é considerada como crime ambiental, segundo a Lei Federal n° 5.197.
(das assessorias)