Um dos maiores festivais de dança do mundo, o World of Dance (WOD) aprovou cinco dançarinos de Botucatu para concorrer à competição deste ano.
Os jovens Henrique Alves, Lucas da Silva, João Victor Marsallo, Ana Fioretto e João Victor de Goés passaram na pré-seletiva por vídeo com uma coreografia de hip hop e foram os únicos brasileiros selecionados para competir no Panamá, em setembro.
Agora, os competidores estão realizando ações para arrecadar R$ 20 mil e conquistar a ida ao WOD representando Botucatu e o Brasil internacionalmente.
Uma das iniciativas é o Wonder Dance Festival, um festival de dança que vai acontecer no Teatro Municipal Camillo Fernandez Dinucci entre os dias 9 e 10 de agosto a partir das 19h.
Com ingressos a R$ 15, os dançarinos esperam atrair o público com a oportunidade de assistirem a um espetáculo de dança exclusivo e, ainda, contribuir com a viagem. O festival, inclusive, conta com convidados, e quem quiser participar é só entrar em contato com os organizadores pelo telefone (14) 99679-8953 para fazer a inscrição.
Mais uma ação que vem sendo realizada é uma vaquinha online. Por meio do site Vakinha, os internautas podem contribuir com a quantia em dinheiro que quiser.
Os dançarinos também estão fazendo pedágios pelas ruas de Botucatu para completar a verba. Uma das conquistas já foi o pagamento da inscrição, cerca de 300 dólares.
Com idades entre 17 e 21 anos, os jovens acumulam carreira na dança, se dedicando a diversos estilos. Três deles, inclusive, fazem parte do grupo Black Light, que desde 2016 é convidado para se apresentar em grandes eventos municipais.
Os dançarinos são os únicos de Botucatu, até hoje, selecionados para o WOD. “Queremos mostrar a alegria do brasileiro, sem deixar de lado a técnica e todo o nosso conhecimento. Vamos mostrar o Brasil para o mundo!”, comemora Henrique Alves, fundador do Black Light.
Conheça mais sobre os representantes
de Botucatu no WOD:
– Henrique Alves (21 anos): dançarino há 12 anos, o jovem fez suas primeiras apresentações na infância, em festas religiosas e rodeios. Ainda menino, chegou a ser convidado para abrir um show na Festa de Santo Antônio, em Rubião Júnior, onde veio o convite para ser bolsista em uma escola de dança da cidade. Criado no sítio, Henrique despertou seu interesse pela dança assistindo a espetáculos de catira e sertanejo universitário e, hoje, mistura em suas apresentações danças como popping, looking, wecking, jazz, ballet, psy, tecno, jumpstyle, shuffle e suas vertentes eletrônicas. Atualmente é professor de hip hop no Artistas S/A e se apresenta com o Black Light, grupo que fundou em 2013.
– Lucas da Silva (18): o paulistano, que dança há seis anos, se divide entre estilos como hip hop, freestyle, popping, tutting, robot, ballet e jazz. Porém, sua prioridade é o dubstep, ritmo originado em Londres no final dos anos 1990 e caracterizado por músicas pesadas mais voltadas ao eletrônico. É um dos membros do Black Light e sonha em viver da dança e ser reconhecido por isso.
– João Victor de Góes (21): mais um membro do Black Light, Jaumn Andrade tem o eletrônico como o seu estilo principal de dança. Seu maior diferencial está no free step, modalidade de “passos livres”, que consiste em movimentos elaborados seguindo o ritmo de batidas eletrônicas. Seu início na dança foi com apenas 10 anos, quando percebeu que conseguia imitar movimentos de break. Foi, então, a partir de uma apresentação com colegas da escola, que decidiu que seguiria esse caminho. Hoje, Jaumn também dança hip hop, freestyle, tutting, cap trick, jumpstyle, shuffle, entre outros ritmos.
– João Victor Marsallo (20): o botucatuense despertou seu interesse pela dança ainda na escola, assistindo a batalhas. Há três anos, após concluir o ensino médio, decidiu se dedicar seriamente à arte e vem fazendo aulas de ballet, jazz e hip hop. Foi aí também que descobriu que a dança é mais do que um simples interesse: é o que o faz feliz.
– Ana Fioretto (17): a mais jovem dos dançarinos brasileiros selecionados para o WOD começou a fazer aulas de dança há seis anos, aprendendo ballet, sapateado e jazz. Não demorou muito para levar essa paixão a um caminho profissional e, desde 2016, entrou para seu primeiro grupo. Atualmente, dança músicas do gênero coreano kpop e vem se aprimorando no floor dance.
(da assessoria)