A Embraer anunciou hoje (3) um ajuste de 4,5% do seu efetivo total, o que corresponde a cerca de 900 colaboradores no Brasil. A medida decorre dos impactos causados pela Covid-19 na economia global e pelo cancelamento da parceria com a Boeing. O objetivo é assegurar a sustentabilidade da empresa e sua capacidade de engenharia.
A empresa vai demitir 2,5 mil funcionários. Em todas as unidades, 900 empregados aderiram ao plano de demissão voluntária -PDV, que prevê benefícios até março de 2021. A Embraer vai conceder plano de saúde até março de 2021; vale alimentação até dezembro de 2020; preferência para recontratação conforme a retomada do mercado acontecer
A assessoria de imprensa da empresa não revelou quantos empregados aderiram em Botucatu ao PDV e quantos serão demitidos.

AVIAÇÃO CIVIL IMPACTADA

A pandemia afetou particularmente a aviação comercial da Embraer, que no primeiro semestre de 2020 apresentou redução de 75% das entregas de aeronaves, em comparação com o mesmo período do ano passado, informou nota da Embraer.

Além disso, a situação se agravou com a duplicação de estruturas para atender a separação da aviação comercial, em preparação à parceria não concretizada por iniciativa da Boeing, e pela falta de expectativa de recuperação do setor de transporte aéreo no curto e médio prazo.

Desde o início da pandemia, a Embraer adotou uma série de medidas para preservar empregos como férias coletivas, redução de jornada, lay-off, licença remunerada e três planos de demissão voluntária (PDV). Também reduziu o trabalho presencial nas plantas industriais com o objetivo de zelar pela saúde dos colaboradores e garantir a continuidade dos negócios. Os três PDVs registraram adesão voluntária de cerca de 1,6 mil colaboradores no Brasil.

A companhia reconhece e agradece o empenho sempre demonstrado pelos profissionais que deixam a organização neste momento. E conta com o engajamento de todos para atravessar a grave crise atual e manter a empresa competitiva no mercado global.

 

(com assessoria)