Segundo diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de Botucatu, que participaram de uma audiência para discutir a campanha salarial, na sede da Federação das Industrias do Estado de São Paulo – FIESP -, não houve acordo sobre indicadores de reajuste.
“Na mesa de negociação não houve nenhuma proposta de aumento salarial, mas os advogados que representam a Embraer informaram que desejam tirar 15 pontos de nosso acordo coletivo. Recusamos o encaminhamento e pedimos a definição de um percentual. O Sindicato de Botucatu reivindica 12%”, informou Roque Fabiano, diretor sindical, em mensagem dirigida por whatsapp aos empregados da Embraer, no final da manhã.
A reunião aconteceu na manhã desta quarta-feira,27, liderada por Miguel Silva, presidente da entidade, Roque Fabiano, diretor da entidade e o advogado Samir Zacharias, da assessoria jurídica do sindicato.
A reunião foi encerrada sem acordo de um percentual salarial aos trabalhadores e também com a rejeição da proposta de retirada das 15 cláusulas da convenção coletiva vigente, assinada entre a empresa e os trabalhadores.
Como a Embraer está ‘endurecendo’ a negociação, lideranças de três sindicatos (de São José dos Campos, Botucatu e Araraquara/Gavião Peixoto) farão um encontro na proxima segunda-feira, em Araraquara para definir uma campanha conjunta dos trabalhadores das unidades.
A Embraer emprega cerca de 1,6 mil trabalhadores de Botucatu e cidades da região.
ASSEMBLEIA
Na ultima sexta-feira, 22, o Sindicato dos Metalúrgicos reuniu mais de cem trabalhadores das empresas da base para informar sobre a campanha salarial e também denunciar os deputados que votaram pela reforma trabalhista e previdenciária.
A entidade avalia que a negociação será difícil, mas ressaltou que a decisão da plenária de não ceder direitos e defender a recomposição salarial será levada ao extremo, “inclusive com a greve”, como afirmou Miguel Silva, presidente do Sindicato.