A engenheira florestal Camila Maciel Viana discursa ao receber o Prêmio em Brasilia

A engenheira florestal Camila Maciel Viana, graduada em 2016 pela Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp de Botucatu, foi a primeira colocada na categoria “Graduando” da IV Edição do Prêmio em Estudos de Economia e Mercados Florestais, promovido pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), divulgou a assessoria de imprensa a FCA-Unesp.

A cerimônia de premiação aconteceu na sede da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) em Brasília e contou com a presença de representantes de entidades relacionadas ao setor ambiental do país dentre eles o atual Ministro do Meio Ambiente. Evento foi dia 21/03. Os premiados receberam troféus e certificados, um prêmio em dinheiro e a publicação dos trabalhos na página oficial do SFB.

Os trabalhos concorrentes ao Prêmio em Estudos de Economia e Mercados Florestais foram apresentados ao corpo técnico do Serviço Florestal Brasileiro e geraram vários debates, o que valorizou a conquista de Camila.

“O reconhecimento obtido pela premiação deste estudo me estimulou a continuar acreditando no meu trabalho como engenheira florestal e na capacidade que temos em propor melhorias para o setor. Espero com isso obter oportunidades para consolidar minha carreira profissional na área de Economia e Planejamento Florestal. Gostaria de agradecer especialmente ao Professor Ribas pela parceria, não apenas neste, mas também em outros estudos que fizeram parte da minha formação na FCA e a todos que me acompanharam nestes ótimos anos de graduação”.

Camila foi premiada pelo seu Trabalho de Conclusão de Curso na FCA, orientado pelo professor Luiz Cesar Ribas, do Departamento de Economia, Sociologia e Tecnologia da FCA, onde realizou uma apresentação e descrição do processo de investimento florestal através das TIMOs (Timberland Investment Management Organizations), modelo de empresa que surgiu nos Estados Unidos, altamente especializadas na gestão de capital institucional direcionado para investimentos no setor de florestas plantadas ou para o manejo sustentável de florestas nativas.

“Por meio destas empresas, o montante recolhido para o investimento é aplicado na prospecção de melhores oportunidades para a aquisição de terras florestadas ou nuas e no subsequente manejo destas até que os produtos madeireiros possam ser colhidos e comercializados, gerando os retornos esperados”, explica Camila.

O QUE SÃO AS FLORESTAS TIMOs

Apesar de pouco conhecido, estima-se que 6% das florestas plantadas do país estejam sob manejo de TIMOs, sendo que 70% destas são internacionais e 30% nacionais.

Segundo Camila, as perspectivas de aumento desses percentuais são otimistas e baseiam-se na qualidade e quantidade de terras disponíveis, na existência de mercados consumidores, no surgimento de uma classe de investidores dispostos a diversificarem suas carteiras de investimento neste sentido, entre outros.

“Mas limitações também existem e levantá-las por meio do trabalho será de grande valia para orientar a formulação de políticas de estímulo à essa forma de gestão de investimentos no setor florestal”, salienta a engenheira florestal.

Camila destaca que a atividade das TIMOs tem colaborado com a dinamização do setor florestal. “Elas promovem o planejamento estratégico dos investimentos, podendo ser capaz de criar mercados regionais, geram alta demanda de mão-de-obra especializada e também reduzem a necessidade de aporte de capital público em investimentos florestais”.
(As informações são da assessoria de imprensa)