Alunas da Escola Martinho Nogueira se apresentando em um desfile cívico - Foto Facebook

Ex-alunos da Escola Martinho Nogueira farão um encontro de ‘veteranos’ no mês de abril. Uma ‘fanpage’ no Facebook está divulgando para o final de abril um encontro para matar a saudade de muitos que passaram pela escola. A data ainda está sendo definida, mas será num final de semana. Alguns hotéis estão sendo procurados para abrigar os ex-alunos que não residem mais na cidade.

Certamente os ex-alunos relembrarão da quadra de esportes que nos anos 1970 vivia coberta de areia devido a enxurradas que desciam dos altos da Vila Mariana e Boa Vista, do ‘Geraldão’, professor de Francês/Português e Latim, que tinha uma Variant e estacionava sempre no mesmo local. Também tinha a dona Nilza, supervisora que controlava a energia da criançada com seus gritos agudos “meniiiino”.  Esse grito parava até tropa de choque!

O encontro começou via ‘whatsapp’ ser organizado pelas ex-alunas, as irmãs Lindalva Macedo e Tuca Campos, Debora Contin Evaristo Basseto, Elaine Torel e Andrea Spernega entre outros, a partir de uma foto antiga de um desfile do aluno Danilo Evaristo, distribuída entre colegas de escola daquela época, que desfilavam com calças de ‘boca de sino’, lembra Elaine Torel.

“O grupo surgiu por conta de uma foto, de um desfile escolar, do Danilo Contin Evaristo! Eu fiz algum comentário e marquei algumas pessoas! Ai começaram os comentários”, lembra a jornalista que reside em São Paulo. Apareceram novas pessoas e a coisa cresceu! Ai, saudosista do jeito que sou, criei um grupo no whats!”, relembra a jornalista Lindalva Campos formada na Unesp de Bauru.

Ela conta que as colegas envolvidas na marcação da imagem do desfile começaram a comentar com saudade dos tempos da escola criada no Governo Carvalho Pinto, entre 1959 e 1963.

“De um dia para o outro, surgiram muitas pessoas conhecidas e desconhecidas por mim. Foi uma delicia. Todos super-saudosos daquela época! O pessoal começou a postar muitas fotos, que por conta do volume das conversas, se perdiam!”, relembra.

Quem se lembra do professor ‘tal’, a professora ‘qual’ e dos colegas em geral e tais memorias fizeram com que os alunos criassem uma pagina no Facebook com a proposta de um encontro.

Até mesmo o professor Manoel que foi diretor da Escola no final dos anos 1970 e inicio da década de 1980, poderá aparecer no evento, assim como outros professores. “O grupo esta muito unido! Por exemplo, o Jorge (Luiz Bapstista Pinto) encontrou o sr Manoel, o diretor da nossa época! Não pensou duas vezes e tirou duas fotos dele e colocou em nossa pagina na rede social! Talvez ele vá ao encontro, bem como alguns professores” deseja a jornalista.

“Martinho Nogueira veio de Itapetininga para ser diretor da Escola ‘Cardosinho’. Antigo Grupo Escolar Cardoso de Almeida. Depois foi embora e voltou para ser o primeiro diretor da Escola Normal, atual EECA, em 1911”, informou o historiador João Carlos Figueiroa.
Em Botucatu, alem da escola e a memoria dos ex-alunos, “existe uma Praça dedicada a ele. É a praca do jardim que fica entre o Cardosinho e a Catedral”, situa  Figueiroa.

TUCA CAMPOS 
“A equipe organizadora está preparando de forma animada para que possamos dar o pontapé inicial e resgatarmos as amizades de nossa infância no Martinho Nogueira.
A nossa expectativa é reunir todos de uma forma bem descontraída, lembrarmos-nos de momentos marcantes daquela época e resgatarmos as amizades que com certeza, esperamos continuar pra vida inteira.Estamos semanalmente ajustando a lista, decidindo o local, escolhendo o cardápio, além de algumas surpresinhas para nossos amigos.O convite está aberto a todos do grupo. O encontro também vai reunir a família dos ex-alunos. Será igualmente rateado o custo e esperamos que esse seja o primeiro de muitos com certeza”.

ELAINE TOREL

Tudo começou com uma foto que Danilo Contin postou de um dos desfiles do Pedretti, na época em que as calças eram dos meninos eram ‘boca de sino’ e fiz um comentário sobre a imagem. O Danilo comentou que meu pai estava sempre a frente cuidando de todos os alunos, pois ele era um faz de tudo na escola e também não deixava eu e minha irmã sozinhas de forma alguma. Ele estava por dentro de tudo e era um paizão de todas as nossas amigas  e todas o amavam. Comentei que meu pai era extremamente cuidadoso e amava pessoas e festa e sou como ele.  Lindalva também fez um comentário muito carinhoso sobre meu pai e a partir disso, começamos a buscar amigos da época, fotos, contatos etc, e em questão de horas, com a facilidade do mundo virtual, conseguimos resgatar pessoas que não víamos a quarenta anos e tudo isso aconteceu em um domingo.

Só sei que passamos um  dia todo de domingo no ‘zap’ adicionando pessoas e todos enlouquecidos por rever amigos de uma vida. Em questão de minutos, surgiam centenas de mensagens e não dávamos conta e ler tudo e então, criamos um ‘face’ do grupo Martinho.

E por termos vivido uma época mágica, a magia não saiu de dentro de nós,  estava apenas adormecida e estamos revivendo lembranças incríveis. Acredito que o laço que criamos a mais de quarenta anos, jamais foi desfeito e retomamos mais felizes e experientes,  sabendo o que realmente tem valor na vida  para podermos juntos, viver o melhor de nós”.