A jornalista botucatuense Helena de Grammont morreu nesta quinta-feira (27), aos 74 anos, em São Paulo. Ela foi repórter da TV Globo mais mais de uma década.

Helena de Grammont, ou Heleninha, como era chamada pelos colegas de redação, nasceu em Botucatu, interior do estado. Trabalhou incialmente como bancária, mas resolveu seguir os passos do irmão, editor na TV Globo.

Jornalista Helena de Grammont morreu em SP, aos 74 anos, nesta quinta-feira (27) (Foto: Arquivo TV Globo)

Aos 58 anos, Heleninha foi diagnosticada com Alzheimer precoce. Ela se casou duas vezes – com o jornalista Odair Redondo e com comentarista esportivo Juarez Soares, e deixa três filhos.

Na capital paulista, fez faculdade de jornalismo e começou na TV Globo na década de 1970. Gostava de contar que no primeiro dia de trabalho já saiu pra rua, com um microfone na mão, ouvindo o povo.

Ela passou por todos os jornais e no Fantástico participou de grandes coberturas – como a que revelou a cooptação de menores pela seita do reverendo Moon. Acompanhou de perto o drama do desaparecimento do escoteiro Marco Aurélio, em 1985, caso até hoje sem solução.

Jornalista durante cobertura na TV Globo — Foto: Arquivo TV Globo
Jornalista durante cobertura na TV Globo (Foto: Arquivo TV Globo)

No começo dos anos 80, uma tragédia familiar abalou a vida de Helena de Grammont. Sua irmã, de 26 anos, foi assassinada pelo ex-marido, Lindomar Castilho, um dos cantores de maior sucesso da época.

Inconformado com a separação, Lindomar entrou na boate onde Eliane se apresentava e atirou. Heleninha mobilizou mulheres e organizou passeatas exigindo justiça. Lindomar Castilho foi condenado a doze anos de prisão.

Jornalista Helena de Grammont durante a infância  — Foto: Arquivo TV Globo
Jornalista Helena de Grammont durante a infância (Foto: Arquivo TV Globo)

Fonte: G1