O verão começou oficialmente no último dia 22 de dezembro e termina apenas em 20 de março. Neste período, por conta do calor, as pessoas tendem a se expor mais ao sol. Por questões estéticas ou mesmo desinformação, muitos inclusive sequer têm o hábito de se proteger da radiação solar. Principal causa do câncer de pele, destacou o site do Instituto de Biociencias da Unesp.
Esta é a temática do estudo feito por Izabella Santos Silva Lemes, física médica formada pelo Instituto de Biociências da Unesp Botucatu. Durante projeto de pesquisa realizado no Departamento de Dermatologia e Radioterapia da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), Izabella analisou a quantidade das radiações ionizantes naturais em Botucatu.

RADIAÇÃO IGUAL A ARAÇATUBA

Durante o trabalho, a radiação solar na Cidade foi medida em 27 pontos diferentes. E apesar da altitude média da cidade de Botucatu (786 metros acima do mar) ser maior que a de várias cidades do estado de São Paulo, o nível de radiação natural se mostrou semelhante ao verificado, por exemplo, à cidade de Araçatuba, que tem altitude média de 355m.
Porém um dos dados que mais chama atenção no levantamento é justamente quanto à conscientização da população sobre a importância de se proteger do sol. Ela cita que na Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele realizada em dezembro de 2018, dos 470 pacientes atendidos, pouco mais 60% relataram não se proteger durante a exposição solar.
Com base nos dados da própria pesquisa, Izabella e pós-graduando Edson Perger, do programa de Pesquisa e Desenvolvimento de Biotecnologia Médica da FMB, orientados do Prof. Dr. Marco Antônio Rodrigues Fernandes, elaboraram um panfleto para alertar a população sobre os perigos da exposição excessiva ao sol.
“Para se ter ideia, 90% da radiação UV atravessa as nuvens. Então é importante que as pessoas saibam que a radiação está em todos os locais. Mesmo na sombra estamos expostos a radiação difusa. Por isso é tão importante o protetor solar, óculos escuros, e em alguns casos até mesmo as camisetas com proteção”, enfatiza.

 

(Do IBB-Unesp)