A vacinação contra a Covid-19 finalmente começou. As autoridades de ciência e de saúde são unânimes em afirmar que a vacina é a melhor forma de, individualmente, se prevenir da doença e, coletivamente, o Brasil sair da pandemia. A infectologista Silvia Fonseca, diretora corporativa de Infectologia do Sistema Hapvida, ressalta que doenças infecciosas, que no passado mataram muitas pessoas, deixaram de ser problemas de saúde pública graças à vacina. “Atualmente, não temos mais doenças como paralisia infantil e difteria porque há vacina. E, agora, temos duas vacinas contra a Covid-19 validadas pela Anvisa, portanto seguras. Quando chegar sua vez, vá ao posto e vacine-se”, orienta.
Ela frisa que o imunizante agora faz parte do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, órgão que define a ordem de vacinação conforme os grupos prioritários. Como por enquanto a quantidade de doses da vacina disponível no Brasil ainda é limitada, nesta etapa, a imunização está restrita a profissionais da saúde que atuam na linha de frente no combate à Covid-19, a idosos que vivem em abrigos e em situação de risco e, em breve, também para as pessoas idosas e pessoas com comorbidades. “A população deve seguir as diretrizes do Ministério da Saúde e aguardar a sua vez na fila. Quando chegar, apresentar-se num posto de vacinação e vacine-se”, reforça.
Uma dúvida bastante comum é se há situações em que a vacina não é indicada. A infectologista é clara ao afirmar que caberá ao profissional de saúde, no posto de vacinação, avaliar cada caso. De maneira geral, Silvia ressalta que para receber o imunizante é preciso estar em boas condições de saúde. “Não pode receber a vacina se estiver com febre ou se recuperando de uma doença grave, mas quem vai dizer isso será o profissional do posto de vacinação”. Enquanto não chega a vez, o importante, lembra a médica, é manter-se saudável e controlar a ansiedade.
A psicóloga Hully Segatti, do Sistema Hapvida, explica que a espera pela vacina contra a Covid-19 pode deixar algumas pessoas ansiosas, mas que é necessário controle. “É extremamente importante aprender a focar no presente e a lidar com as circunstâncias que temos no dia de hoje e fazer disso o nosso melhor”, afirma. Para ajudar neste processo, ela tem três recomendações: boa alimentação, bom ciclo de sono e fontes alternativas de prazer. Enquanto a vacina não chega para todos, o melhor a fazer é se proteger usando máscara toda vez que sair de casa; manter distância mínima de 1,5 metro das demais pessoas e higienizar as mãos com frequência, seja lavando-as com sabão ou com álcool em gel. E, se precisar ir a uma unidade de saúde, se for possível, vá sozinho, sem acompanhante. São medidas que ajudam a evitar a proliferação do coronavírus enquanto a vacina não chegar para todos.