Desde ontem, terça-feira, 1º de setembro, as 46 paróquias da Arquidiocese de Botucatu, autorizadas pelo arcebispo dom Maurício Grotto de Camargo, voltaram a acolher os católicos para celebrações presenciais, após quase seis meses de suspensão dos atos litúrgicos em consequência da gravidade da pandemia da Covid-19.
A retomada das atividades religiosas, entretanto, está sendo feita de maneira gradual e com a adoção de medidas sanitárias preventivas para evitar o contágio do vírus entre os fiéis. Normas de proteção estão sendo adotadas nas comunidades paroquiais de acordo com as orientações sanitárias de cada município.
“Depois de um longo tempo de provação voltamos a celebrar a Eucaristia, fonte e ápice da vida cristã e de toda a evangelização, em nossas igrejas com a presença da assembleia do povo de Deus”, declarou o arcebispo. Porém, ele prevê que ainda “será necessário algum tempo até alcançarmos o integral restabelecimento da vida eclesial e que nada pode e nem deve substituir a vida sacramental e litúrgica dos fiéis”.
Confira, por exemplo no link do facebook da Paróquia de São Benedito, o vídeo do pároco, padre Ademar Domingos Roma orientando os fiéis sobre como podem participar seguramente de missas a partir de agora.
Houve mudanças nos horários das celebrações na maioria das paróquias que podem ser conferidas nas páginas da arquidiocese e das paróquias na internet, bem como em suas redes sociais.
Evitar aglomerações
Em recente artigo sobre o tema, o padre Charles Borg, vigário-geral da Diocese de Araçatuba adverte que a pandemia não acabou e que os riscos de contaminação ainda são muito grandes e por isso recomenda prudência e cuidados.
“Autorizadas estão as celebrações presenciais! Alegria! Mas a flexibilização das medidas restritivas não deve ser entendida como se o perigo de contágio cessasse ou estivesse controlado. Covid-19 é um patógeno agressivo, oportunista e traiçoeiro. Advertem os infectologistas, o vírus continua ansioso em fazer novas ‘amizades’! Urge, portanto, manter rigorosa e constante vigilância”, diz o experiente sacerdote.
“Com tristeza observa-se que muitos persistem em fazer pouco desta pandemia, desdenham-se do isolamento, negligenciam o uso de máscaras e descuidam de hábitos sanitários. Mesmo com o advento das vacinas, esses hábitos de higiene e proteção serão incorporados no cotidiano como indispensáveis ferramentas para um convívio saudável. A normalidade será diferente”, prevê.
Gesiel Junior, de Avaré, especial para o Botucatu Online