Uma operação conduzida pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Botucatu, finalizada nesta sexta-feira (7), revelou a inexistência do crime de extorsão registrado pela Polícia Civil. De acordo com a investigação, os fatos tiveram início com uma importunação sexual, seguida do exercício arbitrário das próprias razões, o que modificou completamente o entendimento inicial do caso.
A ocorrência começou quando um homem, de 29 anos, denunciou ter sido vítima de extorsão após um incidente durante uma corrida de aplicativo no bairro Jardim Santa Elisa. No entanto, após diligências e análises conduzidas pela equipe da DIG, constatou-se que o passageiro, na realidade, teria praticado importunação sexual contra o motorista, de 25 anos, enquanto este prestava o serviço de transporte.
Diante da situação, o condutor teria tomado para si o celular do passageiro, atitude que se enquadra no crime de exercício arbitrário das próprias razões. Segundo o relatório policial, o motorista alegou ter descartado o aparelho no Ribeirão Lavapés, impossibilitando sua recuperação.
Com as novas evidências, a Polícia Civil reclassificou a ocorrência e encaminhou os fatos ao 1º Distrito Policial e à Seccional de Polícia para ajustes estatísticos. O caso segue para apreciação do delegado titular, que definirá as medidas cabíveis aos envolvidos.
A operação da DIG reforça a importância das investigações para o correto enquadramento jurídico dos fatos e a garantia da aplicação da lei de forma justa.