Esteja ou não calorão, a época é de radiação ultravioleta (UV) em níveis altos na região Sudeste, chegando a extremo. É preciso redobrar os cuidados, mesmo quando se expõe pouco ao sol, para evitar o câncer de pele. O protetor solar é a principal arma, mas para funcionar precisa ser aplicado na quantidade e tempos corretos. A dermatologista Gabriela Marques Invernise, do Grupo São Francisco, que integra o Sistema Hapvida, ensina que o indicado é uma colher de chá de protetor solar para cada parte do corpo de três em três horas, todos os dias.
“Uma colher de chá do produto para o rosto, pescoço e cabeça, uma colher de chá para cada braço, incluindo a mão, e uma colher de chá para cada perna. E com reaplicação a cada três horas. Assim, garantimos que será eficaz”, explica. Com tantos produtos no mercado, pode haver dúvida de qual protetor solar comprar. O importante, frisa Gabriela, é que o escolhido tenha fator de proteção a partir de 30 e seja o mais indicado para o tipo de pele de quem vai usar. O ideal, acrescenta, é passar por uma avaliação de um profissional para a escolha do produto.
Dermatologista Gabriela Marques Invernise | Foto: Divulgação
Outra dúvida bastante comum é se no rosto deve se aplicar um protetor solar específico para esta parte do corpo. “Nada impede de usar o mesmo protetor solar no rosto e no corpo, sempre com fator de proteção mínimo de 30. Porém, a pele do rosto costuma ser mais oleosa e, por isso, o ideal é usar um protetor em gel ou oil free”, ressalta a dermatologista. Mesmo quem usa maquiagem com fator de proteção deve, também, aplicar o protetor solar. “Primeiro o hidratante, depois cosméticos que a pessoa costuma usar, como vitamina C, e então o protetor solar. Depois dele, vem a maquiagem”, detalha Gabriela.
Uma parte do corpo que muitos acabam esquecendo de proteger dos raios ultravioleta devidamente são as mãos. Elas ficam muito expostas ao sol, como quando se está dentro do carro, por exemplo. É preciso reaplicar o protetor solar nas mãos também a cada três horas e, se lavá-las ou higienizá-las com álcool em gel, é necessário passar o protetor novamente.
A alta incidência de raios ultravioletas aumenta a probabilidade de queimaduras na pele, que a longo prazo podem causar lesões e até câncer de pele. A doença pode se manifestar como uma pinta ou mancha, geralmente acastanhada ou enegrecida, como uma pápula ou nódulo avermelhado, cor da pele e brilhoso ou como uma ferida que não cicatriza.
Por isso, Gabriela orienta observar sempre mudanças em pintas e manchas e, na dúvida, procurar um dermatologista. “Para facilitar o diagnóstico de câncer de pele existe uma regra chamada ABCD, que consiste em assimetria da lesão (formato irregular), bordas irregulares, coloração variada e diâmetro da lesão (se a lesão está aumentando de tamanho). Para ter uma avaliação completa, consulte um médico dermatologista. O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento”, finaliza.
(da Assessoria)