Complexo de ensino da Unesp e o Hospital das Clinicas
A partir da próxima segunda-feira, 14, os mais de 2500 servidores técnico-administrativos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu estarão em estado de greve. Foi esta a decisão tomada na tarde desta terça-feira,8, em reunião promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Unesp (Sintunesp).
A paralisação é motivada pelo não pagamento do décimo terceiro salário da instituição aos mais de 12.500 servidores e professores (na ativa e aposentados) contratados por regime autárquico.
Em Botucatu, o “calote” atingiu a mais de 2.500 profissionais das quatro unidades instaladas em Botucatu: Faculdades de Medicina; Medicina Veterinária e Zootecnia, de Ciências Agronômicas e Instituto de Biociências, informou o site Noticias.Botucatu.
O Sindicato da Categoria informou que vai pedir ao intervenção do Estado para uma auditoria nas contas da Unesp e averiguar possivel improbidade administrativa do atual reitor. Ainda segundo o site, está ocorrendo sucateamento da Unesp.
“Promovemos série de reuniões e assembleias com todos os campus da universidade, a fim de discutir esse grave problema. Além de recebermos reajustes salariais insuficientes, ainda ficamos sem o décimo terceiro. Percebemos uma clara tentativa de sucateamento da universidade, que perde força pela má gestão e desrespeito, principalmente com servidores e professores”, salientou Souza.
Além de Botucatu, o câmpus de Araraquara também definiu pelo estado de greve. Será a segunda paralisação das atividades de servidores e professores em menos de seis meses. Deflagrada no final de maio e mantida por vinte dias, a greve anterior foi uma resposta à política de reajuste salarial. Entre 2015 e 2017 a Unesp não concedeu aumento salarial e, no ano passado, o percentual foi de 1,5%.
O imbróglio sobre o décimo terceiro salário da Unesp aos servidores autárquicos se arrasta desde 2017. À época, a universidade postergou o pagamento, sendo acionada judicialmente. O crédito nas contas dos servidores foi creditado em janeiro do ano seguinte.
Em setembro de 2018, a universidade novamente admitiu que poderia não quitar os débitos, já que acumula mais de R$ 213,6 milhões.
No início de novembro, a própria reitoria admitia dificuldades para honrar com os compromissos, estimados em R$ 175 milhões aos servidores e professores autárquicos, na ativa e aposentados.

 

(com informações do site Noticias.Botucatu)