Neste sábado, 15, ao meio-dia, os sinos da Catedral Basílica Menor de Sant’Ana, de Botucatu, vão badalar em memória dos mais de 105 mil brasileiros mortos pela Covid-19 e por seus familiares e também em sinal de reverência ao trabalho dos profissionais de saúde que estão atuando na linha de frente no combate à pandemia. Na mesma hora os sinos das igrejas de todo o Brasil também tocarão como parte da programação do Dia de Oração pela Vida e pelo Brasil, organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A proposta da CNBB é conectar a Igreja em todo o país num dia inteiro de oração pela vida e pelo Brasil, das 6h às 21h. Esses momentos de espiritualidade poderão ser acompanhados pelas redes sociais da CNBB e também pelos canais de TV de inspiração católicas. No hot site, lançado pela Conferência, é possível acompanhar a programação que inclui oração da manhã, oração do Ângelus e da noite, missas, celebrações e lives sobre o Pacto pela Vida e Pelo Brasil.
Segundo o padre José Hergesse, coordenador de Pastoral da Arquidiocese de Botucatu, a CNBB organizou este dia para unir toda a Igreja no Brasil em torno da oração “como forma de contribuir para a superação do quadro tão triste da pandemia e do avanço do coronavírus no país e também para reforçar sua atuação em torno do Pacto pela Vida e pelo Brasil, construído em parceria com um conjunto de organizações da sociedade brasileira”.
Por sua vez, o arcebispo dom Maurício Grotto de Camargo estará, neste sábado, tomando parte dos festejos da padroeira do Distrito de Aparecida de São Manuel, onde celebrará a missa às 8h, que será transmitida pelas redes sociais. “Nesta eucaristia rezaremos pelos falecidos vitimados pela Covid-19 e por suas famílias enlutadas”, informou.

 

O que é o Pacto pela Vida e pelo Brasil?

Assinado em 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, por seis entidades representativas de diversos setores da sociedade brasileira, o Pacto pela Vida e pelo Brasil foi lançado num período em que o país se deparava com o agravamento da pandemia.
O Pacto começou a ser elaborado cerca de um mês antes, por meio de reuniões entre representantes das entidades signatárias, todas bastante preocupadas com o quadro que se agravava no país. A CNBB, seguindo a trajetória de seis décadas de compromisso evangélico com a realidade nacional, fez parte, desde o primeiro momento, das reflexões e da formulação do texto.
Para o arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da CNBB, a entidade assinou o Pacto pela Vida e pelo Brasil impulsionada “por sua fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo, fonte inesgotável da luz da verdade, luz indispensável para clarear caminhos e rumos novos que a sociedade brasileira precisa, com urgência, para construir um novo tempo”.
O texto completo do pacto pode ser conhecido ano anexo em pdf aqui.

Gesiel Junior, de Avaré, especial para o Botucatu Online