Retornos.
“Pois é amiga… Melhor pensar no Universo Particular…
Mesmo no meu Universo Particular, tem afilhado e filho desempregados.
Afilhado com filho pra criar…
Aqui mesmo, a quatro quadras da Paulista, onde o número de famílias acampadas continua crescendo. Tá na minha cara. Nossos alunos da escola pública fazendo entregas pra sustentar a família…
Estudar o que?
A exploração da mão de obra…”
Miriam Segre
“Qual reforma? Até agora ele não têm nenhum projeto de reforma tributária.
Só piora.
Mas resistiremos.”
Sandra Peduti
“…e os sonhos não envelhecem..”
Cris Clementino

Berto Rúbio me presenteou com Drummond….

“CASA ARRUMADA
Casa arrumada é assim: Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas…
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida…
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições
fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
– Sofá sem mancha?
– Tapete sem fio puxado?
– Mesa sem marca de copo?
– Tá na cara que é casa sem festa.
– E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto…
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos, netos, pros vizinhos…
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias…
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela…
E reconhecer nela o seu lugar.”
Acordei agitada.
Muitos sonhos estranhos.
14 de agosto.
21 anos da morte do meu pai tãotão amado.

Lembro de cada momento daquele domingo.
Lembro mais ainda de cada gargalhada, beijo, abraço, bronca, festas, no carro, no consultório, nas ruas caminhando….o jeito do meu pai, com seus braços pra trás, seu cheiro de dentista, seu gosto pela leitura.
Lembro de tudo.
E sinto saudades, muitas.

Pai amado, desejo que sua evolução espiritual esteja sendo linda.
Temos procurado honrar seu nome em nossa caminhada e espero que seus lindos olhos líquidos ainda olhem por nós aqui na Terra.
Pai, papai, te amo muito!

Café da manhã.
Bons dias bons.
Rotinas e quintal.

E aquela florzinha já está um mini pimentão, que lindeza!
Melhora muito o dia, aquece a alma.

Higiene, mochila, partiu.

Fui ver a mamãe e a Pretinha.
Resolvi umas coisas, caminhei gostoso sob o sol.

Na piscina eu e meus pensamentos.
Papai no foco, lembranças de infância, de quando ele me jogou na piscina do BTC e consegui não me afogar.
Outras memórias, de alegrias e dor, mas sempre com os olhos dele me fitando firme.
A praia com a mamãe, meus filhos, minhas netas, os planos de viagens, fome, uma caimbra nova entre o calcanhar e a panturrilha.
Foi muito bom.
32 minutos no km de crawl.
Saí da água me sentindo muito bem.
A vida segue seu curso.
O amor não morre.
Que ele esteja bem e em paz, é o que desejo.

Em casa.

Banho bem gostoso.
Fome de carne.
Salada de músculo bem temperada com as ervas do quintal.

Sexta-feira.
A semana foi bacana.
Falta chover.

Para reflexão.
“Devemos estar conscientes de que o que nos causa desconforto ou ansiedade não são os eventos, mas como conectamos as nossas emoções a estes eventos.”
Jonathan García-Allen

Resistir, sempre!

Seguimos.