“Eu viajo com você no tempo. Sou mais velha, mas tenho memória dos mesmos anos. Luiz Fernando Nóbrega foi meu colega no Inglês, brincadeiras no BTC, Zilton, Pedrão, Coruja. ah!!!! delícias da juventude.”
Magali Zerbinato”Com a sua coluna não  ficamos só! Beijão.”
Vital Valter

Gratidão amigos!


Sábado.
Chuva, muita larica, séries.
Tudo bem em Berlim.

Domingo.
Calor, natação, visitei a mamãe e a Pretinha.
Tudo bem em Lagos.

Encontrei a querida Nádia Fatori. Boas palavras, energias e vibrações.

Cozinhei.
Saudades da tia Neu!
Fiz chili, bem temperado em homenagem a amiga tãotão amada.

Segunda-feira, 15 de fevereiro.

Ahhhhhhh que céu lindo!
Abri a janela e as maritacas começaram a conversar.

Bons dias bons.
Mamãe contou que Erik está vindo visitar.
Eu nem lembrava que era feriado bancário.
Carnaval da pandemia.

Café da manhã e presente virtual do Lucas.

Link com a história do disco Tropicália.
Rádio Batuta, top.

Dia de faxina e boa música.
Dia de começar a mala pra temporada na paraíso da Kelly Bartoli.

” Vamos fugir
Pra outro lugar, baby…”

Lembrei de uma matinê, que não fomos. Fugimos pra cachoeira indiana, ahhhh….
Delícias do viver!

Foram duas horas de faxina, cantando, dançando e recordando.
Me dá muito prazer deixar a casa limpinha, as roupas lavadas e trocadas, tudo bem feito. Afinal é pro meu próprio conforto.

Calor calor calor.
Banho.
Pizza.

Agenda 1993.

Livros: Romance com Cocaína, de M. Agueiev; Um Ninho de Mafagafos, de José Cândido de Carvalho.

Eu ia muito na Libanesa, especialmente com Lucas e Natália. Batatinhas com molho de alho era a preferência das crianças.
Também íamos muito no BTC curtir a piscina.

Frequentava o Baita, Kamikaze, Zero Grau.
Sempre acompanhada dos amigos, muitas vezes a pé, não importava a distância.
Morava com a mamãe no jardim paraíso e voltei do centro muitas e muitas vezes a pé, sozinha, nas madrugadas.

Me sentia muito segura.
O que mudou depois do assassinato da Biba, Sílvia Cardia, que aconteceu no ano seguinte.
Foi um fato que transformou minha maneira de encarar as pessoas que surgiam na noite, porque surgiam muitas pessoas nas baladas, sempre.
E, talvez, pela desconfiança que comecei a sentir, a insegurança, talvez tenha deixado de conhecer muitas pessoas interessantes.

Suka era a amiga sempre presente.
Sua casa era um porto seguro, pros encontros e comidas, dancinhas e boa música.
A pessoa que só usava roupas pretas, brancas ou vermelhas.
A pessoa que tinha um jeito único de ver o sexo, muito careta!, sendo das mulheres mais modernas que conheci.
E amava poesia.
Muitas saudades de você, Sukinha!


Em 1993 papai sempre vinha almoçar conosco na casa da mamãe.
Éramos vizinhos.
As vezes ele mesmo cozinhava. Ainda estava muito bem.
Quantas saudades de você papai!

Isabel Barreiros trabalhava na Telesp e eu  passava por lá pra conversar.

Estou muito impressionada por ver que íamos sempre ao cinema, eu e meus filhos.
Não tinha mais essa lembrança.
Assistimos Esqueceram de Mim 2, em fevereiro.

Tá bom por hoje.


Nas lembranças do Facebook, em 2014, encontrei a ida com o Lucas na exposição homenagem ao Cazuza.
Que foi muito bacana.

Eu estava num momento exagerado total, no trabalho, na vida pessoal.
Talvez eu quisesse me esgotar até desaparecer.

O que lembro dos últimos 4 anos de trabalho é que foram muito difíceis, que eu não tinha o menor prazer em ir pro HC.

Demorou pra acabar, pra eu sair daquela central de altas e me libertar.
Nunca me adaptei ao esquema da secretaria de Saúde, sendo funcionária da universidade.
Ahhhhhhh que alívio.

Tenho gratidão pela conquista da aposentadoria e por tudo que vivi no HC.
Mas tenho que ser sincera: nada foi melhor que trabalhar no PS por 18  dos 22 anos que passei por lá.

Ontem, conversando com a Nádia, vi que temos a mesma alegria por estar fora do HC.
Encontramos muito prazer em renovar nossas vidas, em  aprender coisas novas as quais nos dedicar, e a curtir e fazer planos.
Fiquei muito feliz.

Depois de semanas resolvi assistir jornal na tv.
Esse corona vírus não para de surpreender.
E as pessoas não param de decepcionar.

Em Jaú, onde já chegou a variação amazônica do vírus, os sem noção fizeram festas clandestinas de carnaval.

E não só em Jaú. Em várias cidades do Brasil.
Pessoas sem medo total.

Filtros nas janelas novamente.

Prefiro continuar minha opção pelo alheiamento antes que comecem a falar do insano.
Desse ser não quero saber nada.
Só se for a notícia mais esperada: ele se auto-destruiu.
Aí sim vai ser uma festa.


Meu irmão Erik veio me visitar.
Conheceu as mudanças feitas na casa e gostou.
Pussemos a prosa em dia e foi muito bacana, como sempre é.

Tenho um livro de que gosto muito e com o qual  já presenteei várias pessoas. Encontrei-o há muitos anos num catálogo da Avon, acreditem.

Nietzsche para estressados, de Allan Percy.
São “99 doses de filosofia para despertar a mente e combater as preocupações”
Escolhi um tópico para a reflexão de hoje.

“68
Seus maiores bens são seus sonhos.

William Faulkner dizia que os sábios têm sonhos grandes o bastante para não perde-los de vista enquanto os perseguem.
Todo grande feito foi concebido antes na imaginação. Na tela da mente visualizamos o que poderia acontecer antes de buscar os meios para tornar isso realidade. Os êxitos acontecem fora da imaginação, mas são primeiro alimentados por ela.

O destino de um ser humano depende do tamanho de seus sonhos. O problema é que muitas pessoas os estacionam na infância ou na adolescência e adotam posturas derrotistas do tipo ‘A vida é assim mesmo’ ou ‘ O que posso fazer? Preciso ganhar meu sustento.’.
Com essa atitude resignada é impossível fazer qualquer coisa relevante para o mundo.
Como sugere Nietzsche em seu aforismo, nada é tão nosso quanto nossos sonhos. Por isso, quando abrimos mão deles, abandonamos também algo muito importante: a capacidade de transformar em realidade nossos desejos mais íntimos.

Faça uma lista com os grandes sonhos de sua vida. Quais se tornaram realidade? Quais fracassaram? Quais você abandonou no meio do caminho? E o mais importante: que sonho você vai tratar como seu objetivo a partir de agora?”

Resista, meu bem, resista.

Seguimos.