Sobre a definição de felicidade, do Vargas Llosa, que publiquei na semana passada, recebi essa reflexão da amiga Miriam Segre.

“Separar sexo do amor, sim…. Mas esquecer o amor?!
Nem combina com o outro texto que você postou , sobre o aprendizado, O momento do aqui, agora HOJE.
Pra mim, amor é tudo!
Amor próprio, ao próximo e naquilo que decidimos fazer. .  Sem amor?
Sim, (a definição) do celebre escritor. .!   Mas ainda estou tentando entender esse ponto de vista. Hoje, aqui e agora, entendi o “amor” naquilo que está presente. .
Assim como a escuridão é a ausência de luz; o frio é a ausência de calor; …o vazio interior se dá, muitas vezes pela falta de amor pelas pessoas e por nós mesmas….”


Sobre a leitura.
“Minha mãe era leitora compulsiva e leu avidamente até o último dia de sua vida. Ela passou essa paixão para 4 de seus 5 filhos. Esse filho que não gosta de ler tem uma filha leitora compulsiva e escritora.
Minha mãe, apesar da pobreza, sempre nos comprava livros na infância.
Esses livros ficaram na casa dela e quando ela faleceu, há 13 anos, eu e minhas irmãs os dividimos entre nossos 4 sobrinhos.
Minha mãe dizia que começou a ter paixão por ler ao ganhar de seu tio um livro no seu aniversário de 9 anos, alguns meses depois da morte de seu pai.
Esse livro era “Contos de Grimm” que ela guardava como uma joia.
Eu e minhas irmãs passamos a guarda dessa joia a nossa sobrinha mais velha, a que escreve contos.
Terça feira faz 13 anos de seu falecimento.
A mãe dela era de Botucatu.
Meus bisavós espanhóis se estabeleceram em Botucatu em 1896.
Vieram trabalhar nas fazendas de café. Ela era Manuela Lopez e ele Manuel Martinez.
Vieram com dois filhos pequenos e todos os outros seis filhos nasceram em Botucatu.
Nos anos 1920 mudaram para São Paulo  e não ficou ninguém da família aí.
Eles eram amigos de outra família espanhola aí em Botucatu, a família Torres. Amizade que continuou aqui em S.Paulo.
Era a família do grande Raul Torres que tinha a mesma idade e era muito amigo de minha avó Maria e meu avô Abel aqui no bairro da Barra Funda.”
Eduardo Grilli, professor de história que tive o prazer de conhecer num vôo Lisboa/São Paulo e com quem tenho uma relação muito sadia e de lutas em comum.


Sábado.
Fui ao mercado com lista e calculadora nas mãos.
Vou colaborar com o lockdown, sim.
Fui me abastecer.
E segunda-feira farei o mesmo pela mamãe.
Depois serão duas semanas restrita.

Dimas Giudice, queridão, sugeriu…

Meu prazer começou na tarde.
Minha neta Emilie veio ficar comigo e foi muito gostoso, estar com ela e comer gordices, o que só acontece quando ela está aqui, como sorvete e pizza.
Ela está uma mocinha linda, é muito inteligente, carinhosa e tem opiniões bem bacanas.
Teve chamada de vídeo com o Diego, pai dela, meu filhão amado.
Coração aquecido.
Me pediu livros e Brumas de Avalon foi a minha escolha.
Assistimos Naruto, claro que eu não entendi nada assim como ela não entendeu nada da novela que assistiu comigo.
Gerações, ahhhhhhh, é muito bacana e engraçado.


A noite recebi chamada de vídeo da amiga amada Elen Rose.
Tantas e tantas saudades!

Dormi muito feliz.


Meu amigo amado Nilson Amaral fez aniversário no domingo.
Temos uma longa história de afeto.
Tudo começou num jogos regionais, em Mogi das Cruzes.
A escola em que Botucatu estava alojada desabou num temporal.
Eu era do basquete, aliás eu era péssima perto das grandes atletas Selma Bosco e Malú Astolfi.
Nilson era do Vôlei.
Quando chegamos de um jogo e vimos aquela destruição, sem vítimas, tive ataque de choro. Eu tinha 13 anos.
Nilson surgiu com um cobertor, me envolveu, me abraçou, me disse quem era, que conhecia meus pais e que ia ficar tudo bem.
Daí até o pra sempre estamos e estaremos juntos.
Te amo muito amigo!
Parabéns por mais esse ano de luta, guerreiro incansável.

Semana passada completou 25 anos da passagem dos Mamonas Assassinas.
Dinho também teria completado 50 anos.
Não eram “politicamente corretos” mas tinham um humor irresistível mesmo assim.

Também completou 8 anos sem o Chorão.
Que cantou o rock caiçara e encantou e encanta até aqui e além.

Manhã de leitura do ensaio do Llosa, músicas no baú do Fofat, verão bipolar de chuva e Sol alternados.

Almoço gostoso, tarde de séries, anoiteceu e a Emi voltou pra sua casa.


Dormi muito bem.
Pão de queijo e café.
Bons dias.

Banho e partiu casa da mamãe.
Contas e compras pra ela ficar tranquila nessa quinzena e eu também.

Presente do Cacá Castanheira…

Hoje, 8 de março, é o dia internacional da mulher.
Ano passado escrevi um texto só com os nomes das mulheres da minha vida.
Dessa vez  resolvi fazer colagens fotográficas pra homenagear as mulheres da minha família, de sangue e afetiva.


Faltaram muitas fotos, eu sei.
Me desculpem. Ou não.
De qualquer forma, minha gratidão a todas vocês, guerreiras, companheiras de jornada.
Fortaleza pra continuar a seguir sendo feliz em ser quem é e livre para ser como quiser.

Presente do Juarez…

“A gente luta por uma sociedade em que as mulheres possam ser consideradas pessoas, que elas não sejam violentadas pelo fato de serem mulheres. Quando as pessoas entendem que a gente está lutando por justiça social, por equiparação e por equidade, não tem motivo para não ser feminista. Se você é uma pessoa inconformada com as injustiças e com as desigualdades, você é uma pessoa feminista e talvez não saiba que seja. Não tem nenhum bicho de sete cabeças. O que a gente quer, na verdade, é uma sociedade livre de desigualdades e violência.”
Djamila Ribeiro

“PÁSSARO NA GAIOLA
Um pássaro liberto salta
nas costas do vento
e plana rio abaixo
até o fim da corrente
e molha suas asas
no laranja raio de sol
e ousa assumir o céu.

Mas um pássaro na espreita
de sua estreita gaiola
mal pode ver através de
suas grades de fúria
suas asas estão presas e
seus pés estão amarrados
e assim estica sua garganta para cantar.

O pássaro engaiolado canta
com um trilo temeroso
do que desconhece
e no entanto ansia
e seu som é ouvido
no monte distante
pois o pássaro na gaiola
canta da liberdade.

O pássaro liberto pensa em outros ares
e os ventos alísios se amaciam por entre as árvores que respiram
e as gordas minhocas esperam na grama cor-de-amanhecer
e ele chama o céu de seu.

Mas um pássaro engaiolado se posta em seu caixão de sonhos
sua sombra grita o grito dos pesadelos
suas asas estão cortadas e seus pés presos
e assim estica a garganta para cantar.O pássaro engaiolado canta
com um trilo temeroso
do que desconhece
e no entanto ansia
e seu som é ouvido
no monte distante
pois canta da liberdade
o pássaro na gaiola.”
Maya Angelou
(Tradução de Bianca Peter, para o Notaterapia)

Para reflexão.
“Que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância, já que viver é ser livre.”
Simone de Beauvoir

Resistir, manas, resistir, manos!

Seguimos.