“Hoje eu abraço o meu potencial de ser, fazer e ter tudo que eu posso sonhar.”

Depois de um misto salada do Piritas, com muuuuiiiitoooo queijo, apaguei a casa e dormi.
Dormi direto até às 6.
Talvez anestesiada pelo frio absurdo.
Frio que ainda está, 9 horas.

A prática, o café da manhã, os bons dias bons.

Tenho que continuar a geral no acervo de cadernos e agendas, resolver isso de uma vez. É a tarefa que me propus terminar até domingo.

Ouvi essa música em 1990, ainda em Vilhena, e agora.
E continuo sonhando, não mais me enganando.
Afinal, ” vida é sonho e sonhos, sonhos são.” Calderon de La Barca.

Uauuuuu, que difícil foi aquele ano. Muita dor.
Já passou.

” O importante não é a saída nem a chegada, mas a travessia.”
Guimarães Rosa.

Encontrei o convite do Dr. Marins pra trabalhar no Convivium, ahhhhhh…. quantas saudades!
A casa agora demolida.

E encontrei muitas anotações sobre livros que li durante meu trabalho por lá.

A biblioteca foi o meu refúgio durante o final do casamento.

“O homem forte é aquele que supera a si mesmo.”, provérbio da antiguidade extraído do I Ching.

E teve bilhete do filhão.
Também teve a visita do Luiz Melodia, levado pela Lola. E nós tínhamos acabado de mudar de casa.

E fui trabalhar na Hípica.
Estava tãotão desvalida… achei uma foto minha que piquei e joguei fora. Horrorosa, deprimida.
O Zeca Neiva me salvou. Gratidão eterna.

Também li sobre a primeira paixão pós casamento. Uma paixão louca, que durou anos. Acabou, sim. E a amizade é muito bacana e pra sempre.

A morte da minha sogra.

As visitas diárias do papai e a vida morando com a mamãe.

Pois é.
Aos 30 e poucos anos comecei a retomada da Andrea Morato.
Mudamos de casa, eu e meus filhos.
Pouca grana, pouca auto estima, muito trabalho.
Valeu!

E tá bom.
Tchau agenda 1990/1991.

“A gente passa a metade da vida procurando ser reconhecida, e a outra metade se escondendo por trás de óculos escuros.”
Greta Garbo
Rotinas.
O tomateiro envergou de tantas frutas.
Fiz novas amarrações.
Recolhi as roupas, tirei o lixo e, assim, fui esquentando.

Mais uma sobre sonhos…
Essa tocou no rádio.
Sincronia.Coloquei a cadeira de praia no Sol e mergulhei na Viagem Vertical, do Enrique Villa-Matas.
Essa foto é da escadaria do Museu da Catalunha, em Barcelona, onde se passa a história de Federico Mayol, catalão radical.
E num dia nublado, também.

” Em certas ocasiões, é apenas uma questão de segundos, às vezes o amor só exige o tempo necessário para que uma pessoa desconhecida cruze nosso caminho e nos olhe, e para que nós, ao retribuir o olhar, descubramos o sentido profundo da paixão.”

E assim foi, quase sempre.

A leitura e o Sol me fizeram muito bem.

Almocei.

Nova agenda.

Em 1994 eu e Lucas lemos O Código Da Vinci. E aí, no meu aniversário, o presente foi encontrado depois que resolvi o enigma que ele me propôs.
Foi muito bacana!
E essa é a foto da conclusão:
O presente foi tudo que eu queria então.
A coleção de CDs do Rappa.

Em 2005, Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, completou 400 anos.
Dos meus livros preferidos, fiquei encantada por essa comemoração e reli.
Busquei um trecho:

“A liberdade, Sancho, é um dos mais preciosos dons que os homens receberam dos céus. Com ela não podem igualar-se os tesouros que a terra encerra nem que o mar cobre; pela liberdade, assim como pela honra, se pode e deve aventurar a vida, e, pelo contrário, o cativeiro é o maior mal que pode vir aos homens.”
Mal imaginava que, em 2016, estaria em frente a sua representação, em Madri.

Essa letra do Chico é praticamente idêntica a um trecho de Dom Quixote.

“Sonhar o sonho impossível,
Sofrer a angústia implacável,
Pisar onde os bravos não ousam,
Reparar o mal irreparável,
Amar um amor casto à distância,
Enfrentar o inimigo invencível,
Tentar quando as forças se esvaem,
Alcançar a estrela inatingível:
Essa é a minha busca.”

Também em 2005.

Refiz o tratamento de hepatite C, com sucesso.
Completo 15 anos negativada no próximo dia 16. Vivas!
Também fiz histerectomia, outro sucesso.
Passei vários meses em licença médica.
Nesse período, bordei mais de cem camisetas e vendi. Até fiz uma exposição no antigo FUSS, da FMB.
Foi muito bacana.

Reli a obra do Eça de Queiroz e me apaixonei por A Relíquia.

Também, ao reler As cidades e as serras, fiquei perplexa.
Como foi possível que esse livro, tão complexo, nos tenha sido dado a ler aos 13/14 anos, no La Salle?
Que tipo de ministério da educação tinha o Brasil da ditadura militar?

Nesse ano Lucas saiu de casa pra fazer faculdade de gastronomia e pra voar solo.

Diego já tinha a Maria e estava novamente solteiro, morando com amigos.

Também me separei do segundo companheiro.

E tudo isso veio à memória antes da segunda página, aiaiai…
Meus amigos sabem que adoro histórias de amor.
Então hoje, 3 de julho, os queridos Vital e Iza completam 39 anos de casados.
Como bem disse o Domingos, nos dias de hoje esse tipo de comemoração se torna cada vez mais difícil.
Vital e Iza são amigos queridos de muitas décadas.
Desde que tudo isso começou.
Num baile do Hawaii, com o primeiro beijo ao som dessa música…

Pra vocês muitas alegrias e bençãos, sempre e sempre.

Ahhhhhh que lindeza.

Agora vou pra Ferrô nadar.
Hoje é dia de eleição no clube.
Torcendo pela continuidade da administração do João Chavari que, assim como o prefeito Pardini, está tendo um ano de muitas batalhas desde a enchente de fevereiro.
O vídeo da inundação do clube me faz chorar até hoje.

Foi muito bom.
Fiz o quilômetro em 33′, um a mais que ontem. Bom também. Sem sofrer.
Votei no João.
A outra chapa foi impugnada.

E voltei de carona com o vizinho Bozano, marido da querida Claudeliz. Trabalhamos juntas por anos no PS e a amizade se estendeu até essa nova vida. E isso é muito bacana.

Findi tarde, passarinhos, banho tomado, corpo malhado, mente arejada.
O dia foi delicioso.

Para reflexão.
“Entre os pecados maiores que os homens cometem, ainda que alguns digam que é a soberba, eu digo que é a falta de agradecimento.”
Miguel de Cervantes.

Resistiremos.

Seguimos.