Que delícia acordar com esse céu azul!
Sem pressa, sem pressão, na tranquilidade da liberdade plena.

Faminta.
Café da manhã.

Bons dias bons, muito bons.
A prática.
A parábola.

“Isso também vai passar

Havia um rei, que uma vez disse aos sábios da sua corte:
– Eu tenho um anel com um dos diamantes mais preciosos do mundo, e eu quero esconder uma mensagem sob a pedra, que pode ser útil numa situação  de extremo desespero. Eu darei esse anel aos meus herdeiros e  quero que ele sirva fielmente.  Pense qual tipo de mensagem vai estar lá. Deve ser bem curta para caber no anel.
Os sábios  sabiam como escrever tratados, mas não sabiam se expressar em sentenças curtas. Eles pensaram e pensaram, mas não chegaram à lugar algum.
O rei se queixou do fracasso com um serviçal antigo e fiel, que criou ele desde a infância e era parte da família. O velho homem então disse:
– Eu não sou sábio, não tenho educação, mas sei uma mensagem que pode servir. Em tantos anos passados no palácio, eu conheci muitas pessoas. E uma vez eu servi um visitante místico convidado pelo seu pai, e ele me deu essa mensagem. Eu peço que você não leia agora. Guarde sob a pedra e abra apenas quando não houver nenhuma outra saída.
O rei ouviu o velho serviçal.
Depois de um tempo, os inimigos atacaram o país e o rei perdeu a guerra. Ele escapou no seu cavalo e os seus inimigos o seguiram. Ele estava sozinho e seus inimigos eram muitos. Ele cavalgou até o fim da estrada. Havia um imenso penhasco à sua frente, se ele caísse, seria o fim. Ele não podia voltar, já que os inimigos se aproximavam. Ele já ouvia o trote dos cavalos. Ele não tinha saída, estava em completo desespero.
Então ele lembrou do anel. Ele abriu e encontrou a inscrição: “Isso também vai passar”.
Depois de ler a mensagem, ele sentiu que tudo estava silencioso. Aparentemente aqueles que o seguiam se perderam e foram na direção errada. Não se ouvia mais os cavalos.
O rei estava repleto de gratidão ao serviçal e ao místico desconhecido. As palavras eram poderosas. Ele fechou o anel e voltou para a estrada. Ele recolheu seu exército, e voltou ao seu reino.
No dia que ele voltou ao palácio, organizaram um evento magnífico, um festejo pada todo o mundo, as pessoas amaram seu rei. Ele estava feliz e orgulhoso.
O velho servo veio e disse a ele, suavemente:
– Mesmo nesse momento, leia a mensagem novamente.
O rei disse:
– Agora eu sou um vencedor, o povo está celebrando o meu retorno, não estou em despero, ou numa situação impossível de resolver.
– Ouça esse velho serviçal, disse o próprio. A mensagem funciona não só  nos momentos em que tudo vai mal, mas também nos momentos de vitória.
O rei abriu o anel e leu:
“Isso também vai passar”.
E de novo sentiu um silêncio cair sobre si, ainda que estivesse em meio à multidão dançante e barulhenta. Seu orgulho se dissolveu. Ele entendeu a mensagem. Ele era um homem sensato.
Então o velho homem disse ao rei:  – Você lembra tudo que lhe aconteceu? Nada nem nenhum sentimento é permanente. Como a noite vira dia, momentos de felicidade e desespero tomam lugar um do outro. Aceite-os como a natureza das coisas, como parte da vida.”

Esperança, gratidão e humildade, sempre essenciais para o bem viver.
Cuidei das plantas, tomei um banhão digno desse dia lindo e fui caminhar.
Pelas ruas do meu bairro mil cheiros deliciosos do pré almoço.

Aproveitei pra ir ao sapateiro.
Seo Messias, de líquidos olhos azuis e boas palavras.
Sempre é energizante trocar uma prosa com ele.
A religião é bacana quando transborda pra fora do templo, seja qual for.

Em casa.

Vitamina de frutas.

Dia de músicas ” bregas” no rádio.
Brega? Chiclete? Quem nunca cantou?
Pedi Roberto Leal.
Saudades de Portugal.

Mas sou louca por ele, e adorei ouvir, Sidney Magal.

Música, sempre bom e divertido também.
Por que não?

Claro que lembrei da performance de ” Jane e Herondy”, com Lucas.
” Qual o seu nome?
Amor.
O que você faz?
Te amo…”
Que memória boa, muito boa mesmo.

É isso.
O que deve fazer morada aqui dentro.
Só o bom.

Na rede com Villa-Matas.

” E as metafísicas perdidas nos cantos dos cafés de todas as partes, as idéias casuais de tantos acasos, as intuições de tantos ilustres desconhecidos, talvez um dia com fluido abstrato e substância implausível, formem um Deus e ocupem o mundo.”
Fernando Pessoa.

Vou querer conhecer o Café Campanário quando for a Funchal.

” Do alto vos falo, de onde acrescento azul de muitas cores ao outro azul que vossos olhos vêem.”
Pedro Tamem.

Uma olhadinha no Facebook e me deparei com essa lindeza.
Haroldo Amaral, obrigada por compartilhar e me mostrar essa jóia.

Na agenda de 1995 encontrei o convite pro show do Jorge Mautner, aberto pelo saudoso João Aiz.
Essa é pra você, H.,  e pra ele.
Recebi um vídeo muito bacana, no whatsapp, que é um passeio pela obra do Van Gogh.
Sou louca por ele.
No Museu D’orsay, em Paris, até chorei ao ver ” Noite estrelada” ao vivo.
Van Gogh é pura emoção.
E terei que voltar a Amsterdam pra visitar o museu que é todo dele.

Ahhhhhh, vida linda.
Viajar é preciso, sempre.

Almoço.
Soborô de forno, com muitas proteínas, queijo e os cogumelos que ganhei do Fer.
Mixirica, fruta do inverno.
Mixirica fedidinha, melhor não há.

O mico.
O ministério (?) da saúde (?) chega a ser hilário, se não fosse dramático.
Uma cambada de militares, sem a menor qualificação médica ou científica, se pavoneando em orientações (?) a instituições científicas de renome internacional.
Que Brasil é esse que eles pensam que vão dominar?
O país do genocídio, do desdizer o que disse antes, que tristeza!

“do jornal @Metropoles
· 5h
.@jairbolsonaro muda o discurso. Em live, Bolsonaro destacou o fato de não haver comprovação de que a cloroquina seja eficiente no combate à Covid-19. “Eu não recomendo nada, eu recomendo que você procure seu médico e converse. O meu foi recomendado hidroxicloroquina”, disse.”

Segundo a OMS, um em cada dez brasileiros mortos pelo Covid 19 é profissional de saúde.

Por isso e por aquilo, volto a me alheiar.
Tá difudê.
No quintal a vida segue bunitaaaaa!
Enquanto uma orquídea solta o pendão, a outra se prepara pra florir.

Atenção ao que traz a abundância.
A alegria de cuidar.
A emoção do resultado.

“…Breve o bom senso diz respire um momento
É sobre aprender tipo giz e lousa
O espírito repousa, reza e volta cem por cento
Cale tudo que o mundo fale e pense
E o quanto vida vale
Seja luz nesse dia cinzento…”

Para reflexão.
Resistir, sempre!

Seguimos.