Ahhhhhh, como dormi bem!
Emocionalmente fortalecida por ter conversado com meus meninos.
Amo.

Céu azul.

Me peguei cantando essa enquanto fazia café.
Eu acordei tarde, mas não de bode.
As alegrias do quintal.
As rotinas.
Os bons dias bons.

Dei a cara a tapa e deixei o rádio na clube fm.
Clayton optou por MPB e os ouvintes arrasaram.

Falei com Lucas e Henrique.
Demos andamento aos planos do casamento em Botucatu.
Tudo indo muito bem.

Partiu Ferrô huhuuuu!
Nadando.
Pensamentos circulares.
Que roupa vou usar? E a minha festa? Preciso conversar com a Sumaia sobre o cardápio. Fazer a lista. Huuuummmm, vou fazer bolo de cenoura com nozes e especiarias. Preciso de açúcar mascavo. Quero um vestido bem lindo. Aliás, dois. Mamãe vai adorar o bolo. E as festas. Huuuummmm, charutinhos. Doces libaneses, huuuummmm…caimbra no pé direito. 17ª, poxa. Fim. 34′, enrosquei nesse tempo, affff… Alongar.

Banana.

Conversando com a Silvinha sobre os 20 e poucos anos.
Beleza pura. A carne dura. A elegância…e o LP é da época. Tudo de bom.

O supermercado.

Encontrei o Jean e foram ótimas notícias. Sucesso na nova empreitada!

Tudotudotudo caro.
Oferta só de cerveja. Comprei.

Vim cantando junto com a Silvia, eu no ônibus e ela caminhando em Campinas. Adoro a tecnologia.

Em casa.

Enroladinho de presunto e queijo, mamão e tá bom, até dar fome de almoço.
Bolo de cenoura com especiarias e nozes no forno. Te amo, Rita Lobo.
Agenda 1995.
Abril.
Foi no 01/04/1995 que fiz o bilhete que se tornaria o primeiro Torpedo Noturno.
Essa história já contei aqui.

Fui em busca da coleção de Torpedos.
Não encontrei.
Ainda.
Surtei.

Derrubei um armário no chão.
Achei as artes de todos os exemplares, mas não os lindos Torpedos, pintados a mão.
Sei que vou encontrar, claro.
E, agora, vou ter que dispensar atenção a bagunça que deixei no quarto ao lado.
Ahhhhhh, muito chato não estar onde presumi.

O show do Lulu Santos, na Associação, foi deslumbrante, dançante, chapante.
Fomos todos e, depois, rumo ao Baita Batata.

” Na terapia descubro todas as minhas neuras, meu superego opressor, que me enche de culpas sobre a minha sexualidade. Nada a ver. Pra ser feliz tenho que me aceitar, na boa. Eu estou viva, sou uma pessoa normal buscando meu equilíbrio. Vou chegar lá.”, escrevi.

Parece que deu muito certo.

” Pilhas de artigos sobre trauma,
abuso físico e dor mas quase nada sobre o contato físico saudável.”, Ornstein e Sobel.

Comecei um curso de teatro com uma trupe que queria montar “A louca de Challiot”, que não virou.
Fazia parte da terapia proposta pelo Cláudio.
Não sei quem colocou meu nome nesses quadrinhos, kkk…parece que eu estava numa vibe neurótica por arrumação.
Ver isso justamente hoje, quando não encontrei o que procurava e ainda deixei uma bagunça pra arrumar.
Tapa na cara.

“Onde eu exatamente me encontro?
O que me surpreende é a impressão de não ter envelhecido, embora eu esteja instalada na velhice.
O tempo é irrealizável.
Provisoriamente o tempo parou para mim.
Provisoriamente.
Mas eu não ignoro as ameaças que o futuro encerra, como também não ignoro que é o meu passado que define a minha abertura para o futuro.
O meu passado é a referência que me projeta e que eu devo ultrapassar.
Portanto, ao meu passado, eu devo o meu saber e a minha ignorância, as minha necessidades, as minhas relações, a minha cultura e o meu corpo.
Que espaço o meu passado deixa para a minha liberdade hoje? Não sou escrava dele.
O que eu sempre quis foi comunicar unicamente da maneira mais direta o sabor da minha vida.
Acredito que eu consegui fazê-lo.
Vivi num mundo de homens, guardando em mim o melhor da minha feminilidade.
Não desejei e nem desejo nada mais do que viver sem tempos mortos.”
Simone de Beauvoir

E, assim, sem mais, encerro por hoje.

Para reflexão.
“Atenção plena significa reconhecer o que está acontecendo em sua mente agora mesmo – raiva, ciúme, tristeza, a dor de bater com o dedão no pé da cama ou o que for –  sem se deixar dominar por isso.”
Dan Harris

Resistiremos.

Seguimos.