Sábado.
Dia azul lindo.
Mais uma planta no quintal, a vinagreira que ganhei do Berto.
Na rede com as Cartas Lacradas, luxo.
Fiz canjinha pra Hilda.
O Corinthians perdeu nos pênaltis pro Palmeiras.Morreu Dom Pedro Casaldália.
O bispo do Araguaia que tanto lutou pelos direitos humanos, pelos povos indígenas, pelos vulneráveis, pelo trabalho digno.
Um legado de luta pela democracia e liberdade nesse nosso Brasil tãotão desigual.
Salve!

A atriz Chica Xavier também morreu no sábado.
Um ícone da raça negra nas artes cênicas.
Salve!

Domingo.
Um feliz dia azul pra comemorar o dia dos pais.
Falei com meus filhos e fiquei muito acolhida.
O almoço no meu irmão lacrou o final de semana.
Gratidão.

Segunda-feira, 10 de agosto.
Céu azul lindo.

No rádio, boa notícia.
Mais 1.100 casas populares em Rubião Júnior.

Anhembi.
A orla do Rio Tietê começou a ser iluminada.
Parque Zezinho Nascimento, que bacana.
Seo Zezinho foi farmacêutico prático, um querido amigo do vovô e do papai.
Frequentei muito sua casa, fui amiga da Salma, a filha do meio.
Só lembranças boas.
Parabéns!

Bons dias bons.
Café da manhã.
Dia de faxina.
Feito.
Rotinas do quintal.
Feito.

Paguei tão caro o pêssego importado, fora de época.
Não tem gosto de nada.
Mas comi.

Ponto de ônibus.
Encontrei o seo ” Jesus te ama”, uma pessoa sempre de cajado improvisado e chapéu, sempre abençoando e com boas palavras de fé.
Fazia muito tempo que não o encontrava.
Sempre bom, aleluia!

Dia de Ferrô.
Deixei pra trás os resíduos do final de semana.
Treinei com flutuador, fiz revezamento, bem concentrada.
38 minutos de prazer, sem falar do alongamento bem lento e caprichado.
Feito.

Em casa.
Banho.
Almoço mineiro, repeteco de ontem.
Melhor ainda.
Sobremesa da mamãe e dá Márcia, huuuummmm….

Agenda 1999.

“Começo o ano muito feliz.
É sempre excitante.
Encontrei os amigos queridos na noite.
Lucas foi pra Anhembi. Diego estava com a namorada.
Fui com Erik e Fernando na casa da Suka.
Choveu manso e, depois, forte.
Um bom banho pra relaxar.”, escrevi.
Não podia imaginar o que viria.

1999.
O ano em que meu pai fez a passagem.
Dia 14 completa 21 anos.

Saudades do poeta.

” Se eu não morresse, nunca! E eternamente
Buscasse e conseguisse a perfeição das cousas!”
Alberto Caieiro
Hoje é aniversário dessa jóia preciosa, gatagarota das artes plásticas e físicas, Cissa Raphael.
Nos conhecemos da vida toda, pais amigos, vizinhos na Amando.
Cissa leva Botucatu por onde sua arte se espalha.
É é muito leve, iluminada, feliz.
E, assim, vibra tudo ao seu redor.
Parabéns bunitaaaaa!
Presente musical…

Também é aniversário da Maju Coutinho.
A jornalista que tanto preconceito sofreu e sofre ainda.
Força, Maju!
Sou muito fã.
Depois de 5 meses da primeira morte por Covid 19, o Brasil chega a mais de 100 mil mortos, dois milhões de contaminados.
São 4 meses, dos cinco, sem um único médico no ministério da saúde.
A postura do PanDemônio não muda, negacionista sem empatia.

Denúncias e mais denúncias.

Queimadas em proporções nunca vistas.

Nunca mais se ouviu falar do secretário de cultura ou do da educação.

O ministro da economia quer dar o truque em mais um imposto. Mas não se houve falar sobre a diminuição de despesas por parte dos bambambam de Brasília.

Aqui é Brasil, pessoas.
Um Brasil I-NA-CRE-DI-TÁ-VEL em sua decadência.
Muito triste mesmo.

Mais Caieiro.

” A noite desce, o calor soçobra um pouco.
Estou lúcido como se nunca tivesse pensado
E tivesse raiz, ligação directa com a terra,
Não esta espúria ligação do sentido secundário chamado a vista,
A vista por onde me separo das cousas,
E me aproximo das estrelas e das cousas distantes –
Erro: porque o distante não é o próximo,
E aproximá-lo é enganar-se.”
Alberto Caieiro.
Resistir, sempre!

Seguimos.