Madruguei, meditei, comi e dormi novamente. Escutei chamar, achei que era sonho. Voltei a dormir.
Muito gostoso.
Me recuperando de ontem, dos drinks e da comilança.Descobri que foi a amada Silvia Machado quem tinha chamado.
Que pena, muitas saudades!As sombras começam a perturbar as candidaturas por aqui.Cuidei do quintal, fiz as rotinas e saí pra ver a mamãe e fazer comprinhas pra ela.
Amanhã, depois de bastante tempo, meu irmão Erik, esposa e sogra passarão por lá.
Estamos com saudades e mamãe está empolgada.

O melhor da vida é estar com os filhos, disso eu sei bem.
E temos que valorizar cada momento juntos, presente ou virtual, como a jóia mais preciosa que temos.

Teve barraco no mercado. A moça descompensou quando viu um cara.
“Vitimista folgado, 800 mil, cara de pau…” por aí. O segurança tirou o cara, que ficou tão constrangido que não piou.

Ahhhhhh, a raiva!
Ocupa muito espaço e não resolve nada.
Caminhar sob o sol ouvindo música, é muito bom.
Nadar, depois de quatro dias, bem devagar pra acordar os músculos, é delícia total.
E o tempo foi surpreendente: 31 minutos no km de crawl.
Me sinto muito feliz.

Durante o treino.
Pensamentos os mais diversos, com foco maior no mês de dezembro, meus filhos e netas. Depois tem as notícias da pandemia e do PanDemônio, sempre horríveis, perturbadoras.

O retrocesso social que o Brasil está vivendo é infame!
A exibição no Festival de Veneza, e o sucesso, do documentário “Narciso em férias”, sobre a prisão de Caetano Veloso durante a ditadura, é um alento pra história da cultura brasileira.
E um tapa na cara do boçal Mário Frias, que quis impor censura na escolha de obras nacionais em festivais no exterior.

Em casa.

Estava com saudades de cozinhar.
Então fiz feijão com pernil, bem caprichado.
Vai combinar com o almoço de amanhã, na mamãe.
Ela me ligou, toda feliz, por já estar com tudo pré preparado pra receber os queridos.

Também estava com saudades de ler o Caio Fernando Abreu.

“Ando tropeçando em absurdos. Em desassossegos também. Tem gente que tirou o mês pra me chatear, me colocar pra baixo, me jogar em cima um amontoado de energias ruins. Tem gente que tem esse dom. De não ser feliz e querer enferrujar o sorriso alheio.

Aí eu lembro daquela música do Forfun: “Faço de mim casa de sentimentos bons, onde a má fé não faz morada e a maldade não se cria.” Me cerco de boas intenções, me reservo pros poucos e melhores amigos. Me encho de luz lendo Adélia e Manoel. Me permito o riso.

Porque, na verdade, o que eu levo aqui dentro é maior que tudo. É maior porque é do bem e vem fresquinho. Eu vivo mesmo é de claridades e não vai ser qualquer gentinha à toa que vai enfraquecer minha fé na vida e minha vontade de sorrir pro mundo.

Pra você que não aprendeu a ser feliz e que não tem olhos pra esticar horizontes, eu canto o meu refrão: ‘Sendo aquele que sempre traz amor, sendo aquele que sempre traz sorrisos. E permanecendo tranquilo aonde for. Paciente, confiante, intuitivo.’

Yeah, Baby, Yeah!”

Agora, saudades mesmo eu estou é da vidinha pré pandemia.
Dos encontros, das viagens, dos planos…

Não estou reclamando, não.
São só saudades.
Porque tenho feito tudo pra levar a vida da melhor maneira possível.
Sei que arrisco, mas não aglomero.

As imagens do final de semana prolongado, nas praias, mostra o cansaço que as pessoas estão da quarentena e, também, o negacionismo da população.
O vírus não desapareceu, a vacina não aconteceu, e as mortes são reais.

Tempos estranhos.
Seres estranhos.
E o planeta, queimando, grita por socorro.

Tá puxado.

Para reflexão.
” Nós precisamos da coragem de aprender com o passado e não viver nele.”
Sharon Salzberg

Resistir, sempre!

Seguimos.