Sábado, dia 196.

Acordei de um sonho bem bacana.
Estava com a Selma Bosco, numa padaria.
Tinha esquecido onde deixei o carro, e eu nem dirijo.
Posso dizer que caminhei a Amando por várias vezes até encontrar o carro em frente a uma casa em que a minha bisavó Josephina morou.

” Todo sonho contém um elemento impossível de ser analisado, porque toca no desconhecido, na fronteira da maior profundidade do ser.”, da teoria da psicanálise.

“Vida é sonho e sonhos, sonhos são.”, Calderon de La Barca.
Áudio do Diego, telefonema do Lucas.
Delícias do viver!

Parabéns pro Ricardo Aranha, vivas!

Parabéns pro meu sobrinho Fio Farias, vivas!

Foi bem bacana a comemoração do aniversário do meu irmão André.
Gostosuras de afeto, de pessoas, de degustar e de brindar.

Pra dormir, ahhhhhhh, o barulho do plástico batendo, no barracão da igreja católica aqui em frente. Não merecemos.
Mandei uma mensagem educada, pedi por favor mas…

Domingo, dia 197.

Depois de receber uma resposta non sense, via zap da Igreja,
” agora a igreja manda no vento …” , sendo que falei do barulho, enrolaram o plástico, ufaaaa.

Na tarde verânica.

Conheci João Guilherme, filho da querida Marisa Basso. Fofice dimaaaiiiisss!

Churras da família Sauer, queridos do meu coração.

Dormi muito bem e o plástico enrolado também.

Segunda-feira, dia 198.

Acordei ótima, descansada, feliz e animada.
Ainda fresco, o dia.
Café da manhã e quintal, rotinas e mochila.

Fui ver a mamãe e a Pretinha, tudo bem.
Estamos na semana pré praia, parecendo crianças.

Na Ferrô.
Delicia de ninho.
Fiz o km de revezamento em 34 minutos.
Pensamentos bem interessantes, de paixões e saudades, de fome e vontades.

Em casa.
Mamãe me tefefonou pra contar da passagem do querido professor Osni Bertoti Leme.

Foi meu professor no La Salle.
Mas foi nas aulas particulares, de matemática, que nos tornamos amigos.
Sim, amigos!
Depois que ficamos adultos a diferença de idade desaparece.
Professor Osni acompanhava meu caminhar de longe e, todas as vezes que nos encontrávamos, ele tinha exata noção do meu trabalho, da minha familinha…foi amigo do papai.
Estará pra sempre no meu coração.
Vida que segue.

Banho gelado no quintal.

Famélica.
Macarrão de farinha de arroz com creme de espinafre, gorgonzola, bacon e muitos temperos.
Agenda 1998.
Abri mais uma agenda.
Encontrei esse desenho feito pelo Fábio Yama, queridão.
Plantões noturnos, puxados mas sempre ouvindo boa música.
Yama ainda era residente da Pneumo.
Grande figura!

Nis contatos pra emergência, na agenda, ao lado do telefone da mamãe em Uberaba, o telefone da amada e saudosa amiga Neu Belvel, ahhhhhhh…

Júnior Felix Daraujo me dedicou, em meu  aniversário de 37 anos…
” Um certo William escreveu para você este soneto há exatos 398 anos. Eu só transcrevi. Vida longa!

‘Quando observo que tudo quanto cresce
Desfruta a perfeição de um só momento,
Que neste palco imenso se obedece
A secreta influição do firmamento;
Quando percebo que ao homem, como à planta,
Esmaga o mesmo céu que lhe deu glória,
Que se ergue em seiva e, no ápice, aquebranta
E um dia enfim se apaga da memória:
Esse conceito da inconstante sina
Mais jovem faz-te ao meu olhar agora,
Quando o tempo se alia com a ruína
Para tornar em noite a tua aurora.
E crua guerra contra o tempo enfrento,
Pois tudo que te torna eu te acrescento.’

William Shakespeare, modesta tradução do J. Felix.”

Em janeiro de 1998 eu e Neu estávamos ouvindo muito Ed Motta.
E essa é das preferidas até hoje, letra de Ronaldo Bastos…

Também rolou sarau na casa da Carmen e declamei essa…

“Romance Sonâmbulo
Verde que te quero verde

o barco
(verde vento)
sobre o mar

o cavalo
(verdes roupas)
na montanha

com a sombra
(verde carne)
na cintura

ela sonha
(pelo verde)
na varanda

Com olhos de fria prata

Verde que te quero ver
sob a lua cigana
(as coisas olham pra ela
mas ela não pode vê-las”
Garcia Lorca, versão de Carlos Ávila.

(Sinceramente, não consigo acreditar que eu tenha entendido o poema para declamá-lo.
Cara de pau intelectual, afff…)

Um repórter do Estadão pergunta a Sharon Stone: – Como é chegar aos 40?
E ela respondeu: – É maravilhoso. Estou mais madura, mais tranquila. Vivi muito tempo tentando realizar as aspirações dos outros em relação a mim. Agora quero viver por mim mesma.

(É isso aí, Sharon!
E vale pra todos, pra sempre.)

Gal Costa fez parceria com Zeca Baleiro e ficou lindo.

Voltando a 2020.

Hoje fiquei com ” vergonha alheia” de um candidato, que faltou de entrevista agendada na rádio.
O estado de São Paulo já tem um milhão de contaminados por covid 19.
Não há previsão de chuva suficiente pra acabar com os incêndios que se alastram por todo o Brasil.
Trump está mesmo contaminado ou será a sua fakada pra fugir de debates pré eleitorais?
No desgoverno nada mudou, segue a sanha populista sem limites, visando a eleição de 2022.
A visão do eleito não é voltada ao país ou a população. É limítrofe.
Nela só há interesse pessoal, familiar e pros ainda amigos.

Filtros nas janelas.

Mais um banho no quintal.
Bouvard e Pécuchet na rede.
Sade fazendo o fundo musical.

Para reflexão.
“Saia de teus limites. Cessa de fingir que és igual a todos e mostra ao mundo esse tesouro que é tua diferença.”
Alejandro Jodorowsky

Resistir sempre!

Seguimos.