Acordei as 5h.
Dia de colher sangue pra retorno na endocrinologia.Jejum, ahhhhhhh….eu fico com mais fome por saber que não posso comer.

Já está bem quente, o dia.
A lua míngua.
Cigarras e passarinhos saúdam o dia.

Ia usar o ônibus com o qual eu ia trabalhar, no mesmo horário.
Mas o ônibus não passou.
A Reta transportes não atendeu o telefone.
É impressionante a falta de respeito.

No ambulatório.
É minha primeira vez no novo ambulatório.
Amplo, lotado, com muito poucos assentos visto as restrições do distanciamento.
Na sala de espera pré coleta, um único painel de chamada.
Exatamente uma hora de espera, pra ir até o guichê e depois pro sexto andar.
Silêncio, conforto e mais espera.

Lembrei de quando ocupamos o  pronto socorro, no prédio do CDI, em 1994.
Até hoje lembro do primeiro plantão lá, 21/04.
Prédio novo, o corredor central vazio.
Só havia o raio-x na lateral.
Hoje é um movimento intenso de pacientes e exames de imagem.

Depois de esperar mais um pouco, fiz a coleta, reencontrei a enfermeira Márcia, foi bacana.
Estive com ela e seu marido Júlio por anos e anos e até fui ao casamento deles em Fartura.
Lotamos um ônibus de funcionários do PS e Fabinho, saudades dimaaaiiiisss!, foi conosco.

Exatamente na semana que minha casa sofreu o primeiro furto e meus cachorros, Lola e Odin, ficaram uma semana sumidos.
Que lembrança louca!

Minha crítica.
O acesso ao novo ambulatório é muito ruim.
O segurança afirmou que só passam ônibus bem de manhã e no final da tarde.
Subi toda a rampa, entrei no ônibus e lá fomos nós pro ambulatório, aff..

Sempre tem os que preferem ser u ó, né?

No rádio.
Ouvi a entrevista de um candidato opositor.
A única coisa que me chamou atenção foram as críticas que ele tem ao transporte coletivo e pontos de ônibus.
São iguais as minhas.
Mas tenho ouvido promessas de mudanças nesse quesito há décadas.
Não acredito em mais nada…

Encontrei minha mãe.
Sempre linda.

Fiz um lanchinho na Major Matheus pra acabar o jejum de quase 12 horas.

Tá rolando novo golpe bancário mesmo antes de começar o Pix.
Tem que prestar atenção.
Na Ferrô.
Sempre muito bom, o frescor, o alongar, nadar e nadar.
Pensamentos voltados pras providências da viagem.
Meu km de crawl foi em 33 minutos.
Muito bom.

Em casa.
Rotinas.
Banho.
Almoço.
Banho.

Calor calor calor.

Agenda 1998.

” Saúde:
Ser si próprio, sendo ao mesmo tempo inúmeros outros; viver a própria vida, podendo ao mesmo tempo viver inúmeras outras vidas.”
Alfredo Naffah Neto, psicanalista.

” O submundo – seja o nosso, mental, seja o social exerce uma forte atração sobre nós, porque nos empurra em direção ao desconhecido.”
Garcia-Roza, escritor e psicanalista.

Mais banho no quintal.
Leitura na rede.
Preguiça e leseira total.

Voltando a pensar no ambiente que encontrei no ambulatório, lotado, junto com o burburinho e o calor, ahhhhhhh…

Estou aposentada, com saúde.
Posso ter diariamente a companhia bacana da minha mãe.
Meus filhos estão em seu momento da vida mais produtivo. E estão bem.
Pratico meu esporte, cozinho minha comida. Estou na minha casa, tenho meios pra gerir minha vida com tranquilidade.
Essas conquistas não tem preço.

Muita gratidão por cada dia trabalhado.

Estou transbordando, felizfeliz.

Para reflexão.
Nada desaparece até que nos tenha ensinado aquilo que precisamos aprender.”
Pema Chodron

Resistir a cada dia.

Seguimos.