“Todas as manhãs
Canto pra subir
No passo a passo
Nos sonhos
No porvir…”, Jorge Salomão.

Mais um dia lindo e azul.
Sábado de aleluia, dia de malhar o Judas.

Quando criança gostava muito de malhar o Judas, feito com roupas de alguéns, pendurado no poste.
Ele sempre terminava queimado.

A passarinhada faz a festa no quintal.
No planeta todo, com muito menos poluição, animais de todas as espécies estão se sentindo muito bem sem humanos pra atrapalhar o rolê.

Notícia da manhã, no rádio: uma loja foi lacrada na rua João Passos por desobediência civil.
Que vergonha alheia desse “empresário”.
A parte mais interessante, a loja nem alvará de funcionamento tinha.
Mais de década que está aberta.
Agora o bicho, literalmente, pegou.
Quantas mais estarão ilegais?

Os apoiadores do eleito se manifestaram contra o fechamento.
A cara deles: os que ainda não acreditam em contaminação e continuam promovendo manifestações contra o isolamento social.
São seus próprios Judas.

Ontem, em Goiânia, o talzinho fez o beija-mão na cara do ministro da saúde. Que declarou não ser juiz.
Fanfarronice.
O mal exemplo vai ter custo.
E o SUS não vai aguentar.

Já são 32 milhões de pessoas inscritas no auxílio de R$600.
Mitigando a miséria nesse país tãotão desigual.

Minha conta de luz aumentou uns porcentos. Reflexo do ficar em casa.

Governos de países, estados e cidades endurecem no controle do isolamento social
As pessoas insistem, destemidas e abusadas.
Então tá valendo controle de movimentação via gps de celular, drones, carros das forças de segurança, helicópteros e imagens de calor.
Também tem multas e até detenção.

Denúncias de falta de equipamentos de proteção só aumentam.
E não é só no Brasil.

Profissionais de saúde também são denunciados. Estão usando jalecos nas ruas e também nas entrevistas.

O Cremesp denuncia que testes estão guardados em condições
não ideais, no instituto Adolpho Lutz.

Nunca saberemos os números reais.
Atestados continuarão sem a causa da morte, e familiares a não poder se despedir.
U ó.

E aumenta a sanha financeira dos fabricantes de EPIs, quebrando contratos, elevando preços e, pasme, querendo receber adiantado.

Nesse momento em que todos precisam de todos.
Que baixo.

De 17 de março até ontem, mais de mil pessoas morreram no Brasil.
Vítimas de todas as idades.

Hospitais de campanha se multiplicam nas capitais pra amenizar a falta de leitos.

Os Estados Unidos já ultrapassaram a Itália em número de contaminados e mortos.

Somos todos do grupo de risco.

Um lance muito bacana são as lives musicais.
Pra todos os gostos.

Outra coisa bunita, a solidariedade. Em forma de marmitas, cestas básicas e até ovos de Páscoa.

Aumentaram as doações de sangue em algumas cidades.
O hemocentro do nosso HC continua esperando sua doação.

Meu amigo Carlos Alberto Gardin, figurinista do Castelo Ratimbum, está criando novas roupas pros personagens, todos engajados na campanha contra o Corona vírus.
Amanhã teremos uma live coletiva com os atores.
Muito bacana.

Porque, de verdade, dá até pra ignorar um dia ou outro.
Mas não tem como evitar.
A pandemia está aqui, alí e acolá.
Contamina fácil, mata rápido e com muito sofrimento.

Segundo as secretarias estaduais, no Brasil já são mais de 20 mil infectados e mais de mil mortos.

Então,
#fiqueemcasa.

Seja cidadão, seja bacana com os seus e com os outros.
Acredite, não existe milagre.
Só prevenção.

“Só há uma coisa na vida que precisamos aprender, e ninguém ensina isso nas escolas: a capacidade de suportar.”
Clarice Lispector

Seguimos.