Minha primeira casa da memória foi o apartamento no edifício Minas Gerais.
Na Amando.
Tinha varandinha.
Dali eu assisti muitas vezes a Banda Municipal, pela qual sou apaixonada.

Com quase 19 anos me tornei mãe do Diego.
Ele nasceu na rua Amando.
No edifício da Drogasil.

Foi com o Diego no colo que comecei a reconhecer os irmãos Pasti, na Banda.

Os irmãos, exóticos das artes musicais, entraram assim na minha vida, na nossa vida, aliás.
É familiar.Pedro Geraldo é o meu mais próximo.
É um amor de fã, de mulher, de companheira de vida noturna, de vida entre amigos comuns.
Gargalhadas e lágrimas.

Fomos os primeiros a chegar no velório depois de declarada a morte da Biba, Silvia Cardia.

Outros amigos também velamos.

Mas hoje é aniversário dele e quero falar da outra parte, ou da parte toda.
Porque, se enterramos é porque estivemos por perto, décadas e décadas.

Pedro Pasti é baixista.
É músico de outras cordas também.
É flautista.
É músico de talento inigualável.

Com suas mãos e seu bico, do chorinho ao rock’n roll, tudotudotudo é sempre puro sentimento em forma de música.

Foi em todos os bares.
Por mais de 20 anos estive em frente ao palco, na mesma mesa, em festas, pontos de ônibus, casas de amigos.

Não vejo Pedro há um ano.
Sinto saudades.

Hoje é aniversário do querido e amado Pedro Pasti, o Pedrão.

Amigo, cadê você?

Parabéns, beijão e amor.

“As árvores das florestas não são apenas árvores.
São conjuntos habitacionais de pássaros, de animais, de vida.”
Perfeito Fortuna, no Bial,
madrugada de quinta-feira, dia 3/12.Acordei muito bem.
Mamãe, Diego, Lucas e Henrique, que gostoso ter notícias na manhã.

Café da manhã, plantas e passarinhos.
Dia lindo!

Banho e saí.

Quase cochilei na pedicure.
Que delícia! Tati mãos de fada.

Aquele dia de teto baixo, nuvens, fico muito lesada.
Primavera bipolar.

Inô também arrasou.
Ligeira e muito profissa, sou fã.

Visitinha rápida pra mamãe e Pretinha, fugindo da chuva que está chegando.

Leitura no caminho.

“Apenas isso: chove e estou vendo a chuva. Que simplicidade. Nunca pensei que o mundo e eu chegássemos a esse ponto de trigo. A chuva cai não porque está precisando de mim, e eu olho a chuva não porque preciso dela. Mas nós estamos tão juntas como a água da chuva está ligada à chuva. E eu não estou agradecendo nada. Não tivesse eu, logo depois de nascer, tomado involuntária e forçosamente o caminho que tomei – e teria sido sempre o que realmente estou sendo: uma camponesa que está num campo onde chove.”
Clarice Lispector

Em casa.
O bafo que precede a chuva, ahhhhhhh….

A geladeira não chegou.
O vizinho José Mendes ficou vigilante.
Nova organização na varanda pra poder abrigar.

Não vejo a hora de estar com tudo arrumado.
Já passei da aflição e da ansiedade.
Nem sei mais o que estou sentindo.
É melhor achar hilário, levar na boa e me divertir.

Fome.
Arroz de forno e medalhões acebolados.
#tbt em Iacanga, Festival de Águas Claras, 1981.
Inesquecível!
As surpresas caem das pastas e me deixam emocionada.

A vida é ma-ra-vi-lho-sa.
Sempre grata, muito grata.

Para reflexão.
“O único esporte que pratico é luta livre com meu anjo da guarda.”
Mário Quintana

Resistir sem preguiça.

Seguimos.