O outono é delicioso pra dormir.
Estou alongando o sono.
Acordar bem devagar, abrir a janela pra esse dia lindo, aquece a alma e dá esperanças.

Meu jardim e quintal, os vasos, todos renovados, verdejando o café da manhã.
E cuidar das plantas ouvindo rádio é delicioso.

Ouvi uma entrevista sobre morcegos bem bacana.

Soube que os profissionais de saúde não atingiram a meta de vacinação contra influenza.
Medo de agulha?¿?

Nebulização na vila São Lúcio.
A dengue está aí, galera! Sem vacilar, por favor.

Vi o pessoal da zeladoria limpando a ilha de alta tensão e as praças aqui do meu bairro. Roçando e tirando lixo.
Que vergonha alheia.

Mas ver as pessoas trabalhando, caminhões de pedra passando pro parque linear, a reconstrução de pontes, ufa, como é booooommm!

Fui ver a mamãe, linda e forte.
Me deu bolo de fubá, delícia.
Fiz feira, farmácia e voltei pra casa.

Na rua senti o trânsito quase antigo.
Nas calçadas filas mais organizadas e muitas máscaras.

E a máscara parece que vai ser peça importante na etiqueta dos tempos que virão.

Porque virão.
Acredito.

Vi meu filhão dando um rolê na praia vazia em Lagos.
Vi meu filhinho dando um rolê no parque em Dublin.
Ambos em busca de boas energias pra vibrar o bem e o bom da vida.

Em Campinas a querida preparou pastéis, lindos!, está lendo bastante e bem acompanhada pelo marido em home office.

Aqui em casa hoje foi dia de couve-flor recheada.

E o amigo me mandou  ambrosia, huuuummmm….

Porque estamos vivos.
E queremos voltar a nos abraçar.
Em breve, o mais breve possível.

Então.

Alguns países já tem a pandemia sob controle.
Alguns países tem políticos abrindo mão de parte de seus salários pra reforçar os recursos na saúde pública.
Alguns países tem equilíbrio entre ciência e governabilidade.
Alguns países aumentaram a quarentena mesmo tendo controle sanitário.

Outros países estão vendo fumaça e urubus, dantesca situação.

Por aqui se arrasta a pendenga entre o eleito e as orientações mundiais de saúde pública.

Depois de um mês, decidiram desvincular o CPF do recebimento do “auxílio” de R$600.
Demorou muito. Vergonhoso.

No Rio de Janeiro morre mais um escritor.
Garcia-Roza se foi mas o detetive Espinosa, noir total, fica pra sempre na literatura policial brasileira.

Mandetta confirmou pelo twitter que foi demitido.
Ontem reafirmou sua opção pela vida das pessoas.
Agradeceu a oportunidade de ter participado do grande desafio que o SUS enfrenta e ainda irá enfrentar.
Palavras fortes.
Ele alcançou popularidade e respeito.

Trocar de ministro no meio de tudo isso é mais uma das piadas de mau gosto que estão dando uma fama triste ao Brasil.

(Um novo ministro fará com que o eleito se comporte como cidadão e pare de arrotar sandices?

Existe plástica de cérebro e de caráter?)

Nelson Teich é o novo ministro da saúde.
É oncologista, defende o isolamento social e testes em massa.
Que seja técnico, que saiba se comunicar e que tenha fortaleza pra atravessar essa turbulência.

Já são quase 2 mil mortes confirmadas em nosso país.
E talvez nunca saibamos os números reais.

E assim, entre  emoções, sabores, alegrias e alguma reflexão, continuo acreditando que está na escolha e na crença pessoal.

Aproveitando do personagem, cito Espinosa, o filósofo.
“O homem livre, no que pensa menos é na morte, e a sua sabedoria é uma meditação, não da morte, mas da vida. …”

#fiqueemcasa

Seguimos.