” Se eu pudesse falar de alguma coisa que a vida me ensinou, foi sobre a importância do amor.”
Domingos de Oliveira, artista múltiplo.

E amanheceu linda e azul a manhã.
Eu, por minha vez, feliz e empolgada. Dia de ver a mamãe.

Antes de mais escrever, esclareço que o poema de ontem foi um presente da Virgínia Salomão pra mim.
E o título é “Só mesmo um bom pedaço de Andrea Morato”,
remetendo ao artigo Pudim de pão, que publiquei em março.
E Adriana é a Gouveia, amiga lindaaaa que mora na praia.

Caprichei nas rotinas da casa, no café da manhã e no cuidar das plantas. Fazendo hora pra sair.

Mesmo porque já não tenho mais horário de ônibus.
Agora eles tem horário pra sair do ponto de origem mas, com poucos clientes nos pontos, estão passando pelo percurso e só.
É ruim, sim, mas tá pior pros funcionários que esse mês já não receberam o vale do dia 20.
Difícil né? Mas estão empregados e confiantes de que tudo vai dar certo.

Acredito que agora conheço todos os cachorros do entorno da minha casa. Os donos aproveitam pra caminhar, correr e até pedalar com eles.

Avós e pais passeiam com bebês, aproveitando o Sol.
Gostoso.
E me dá muitas saudades dos meus filhos.

Também tenho reparado que muitas casas ganharam pintura nova, caprichada. E a cidade vai ficando mais bunita.
Daí vem a parte chata.
Triste mesmo é o ser humano, que insiste em jogar lixo e garrafas nas praças. Vergonhoso.

Muitos carros nas ruas e poucas pessoas nas calçadas.

Mas o isolamento social está diminuindo a cada dia, aqui, ali e acolá.
Enquanto isso aumentam os números tristes, de todas as idades e em todas as regiões.
E cenas dantescas se repetem, todos os dias, no norte e nordeste. Com muitas possibilidades de chegarem a acontecer por todas as regiões do país.
A taxa de letalidade chegou a 8%!

#fiqueemcasa

Não sou hipócrita.
Saio duas vezes por semana.
Tenho compromisso com a minha mãe.

Estar com a mamãe é a alegria que me fortalece.

Farmácia e mercado ok, tive problemas pra pagar uma conta de água, com o documento dela e cartão da Caixa Federal na lotérica da Major Matheus.
Lotéricas são agências da Caixa e do banco do Brasil. Mas não permitem que terceiros façam o saque/pagamento mesmo o “terceiro” sendo filho do titular com documento em mãos.
Minha mãe vai completar 85 anos e está isolada!
Pra evitar fadiga paguei a conta com o meu cartão bancário.
Segurança? Ok.
Radical demais, é a minha opinião.

Hoje é aniversário da professora Mara Fátima. Guerreira, parabéns!

E também é aniversário do querido e lindo Dinho Ouro Preto.
Cantante de lindas composições, me encanta.

Almocei uma salada muito colorida e deliciosa.
Colher rúcula no canteiro, ahhhhhh, é bom dimaaaaiiiissss.
Me encheu de energia.
Que vou ter que encontrar onde gastar.

A realidade invade minhas janelas…

Tal como gosta o eleito, ególatra e exibido que é, a crise política chamou a atenção e, agora, promete desdobramentos que ele não vai gostar nem querer.
Vamos acompanhar.
Vivas pra democracia!

Toma lá, dá cá.
Fake news.
Indicados da familícia.
Interferência no exército.
Perícias e CPIs.
Recessão econômica, planos mirabolantes e Guedes fazendo previsões inacreditáveis.
E o eleito  questionando a autoridade do diretor geral da OMS.
É pá cabá.

Fala sério, que empresa ou país vai querer investir nesse Brasil desgovernado?

A pandemia em segundo plano nos noticiários.
Triste Brasil!

Os R$600.
Cada vez parece mais complicado  que os 46 milhões de invisíveis recebam o auxílio “emergencial”(?).
Ao mesmo tempo, muuuuiiitoooossss já receberam duas parcelas.
Senhas e cadastros, uma confusão.
A fome não espera. Triste.

Educação a distância.
Aplicativo? Não dá certo.
Livros? Não chegaram.
Computadores/ celulares? Muitos não tem.
Estou falando do Estado de São Paulo, considerado mais rico da nação.
Tomara que seja resolvido logo.

Doação de sangue.
Galera, vocês já doaram sangue esse ano?
Então.
Nosso hemocentro está muito caidinho, precisando de pessoas bacanas como vocês.
Um doador pode salvar quatro vidas.
Não dói e ganha lanchinho.
Além de muitos méritos do bem.
Bora lá, por favor.

Passei a tarde entre pinturas e leituras.
Já teve muitas notícias por aqui.

Divulgar boa literatura está me fazendo bem. E a vocês? Manifestem-se, indiquem ou enviem textos.
Estou aberta a intervenções que causem… pois, pra mim, a melhor definição de arte  ” é tudo aquilo que causa estranhamento”.
Saudades de você, professor Vinícius!

Hoje vou de Wally Salomão.
O livro “Poesia Total” ganhei da amada Angela Donini, que sempre me presenteia com tesouros literários.
Esse poema ele dedicou à Maria Bethânia e aqui vai a primeira parte.

“Sargaços

Criar é não se adequar à vida como ela é
Nem tampouco se grudar às lembranças pretéritas
Que não sobrenadam mais.
Nem ancorar à beira-cais estagnado,
Nem malhar a batida bigorna à beira-mágoa.

Nascer não é antes, não é ficar a ver navios,
Nascer é depois, é nadar após se afundar e se afogar.
Braçadas e mais braçadas até perder o fôlego
(Sargaços ofegam o peito opresso),
Bombear gás do tanque de reserva localizado em algum ponto
Do corpo
E não parar de nadar.
Nem que se morra na praia antes de alcançar o mar.”

Então é isso.
Seja bacana.
Seja cidadão.
Honre os que estão lá fora fazendo por nós.

Seguimos.