Pessoas, adoro fazer caverninha pra dormir!
Acordei completamente sem noção de tempo, muito gostoso.
Mas perdi o encontro com o Fer, na Amando. Fica pra próxima.
Ontem voltei ao Piritas depois de 74 dias. E foi muito prazeroso.
Tocou Credence, li um tanto de Villa-Matas, tomei um drink, comi bacon e voltei pra casa.
Felizfeliz.
Mas, antes de dormir, ahhhhhh…
Sérgio Camargo, o lixo humano que está no comando da fundação Palmares, chamou o movimento negro de escória maldita.
Tem muito ódio e preconceito dentro desse latão. Triste família que deu a vida a esse não-ser.
Cadeia pra ele e pro ridículo que o reconduziu ao cargo!
A defensoria geral da união quer o cara fora da fundação, já!
Aí, assistindo Saia Justa, vi Gabi Amarantos fazendo um questionamento muito importante.
“Ok, você é antirracista. E daí? Como você vai atuar nesse sentido?”(o teor é esse; não anotei)
E cantou o poema da Mayla Angelou, que transcrevo abaixo.
“Ainda Assim Eu Me Levanto
Você pode me inscrever na História
Com as mentiras amargas que contar,
Você pode me arrastar no pó
Mas ainda assim, como o pó, eu vou me levantar.
Minha elegância o perturba?
Por que você afunda no pesar?
Porque eu ando como se eu tivesse poços de petróleo
Jorrando em minha sala de estar.
Assim como lua e o sol,
Com a certeza das ondas do mar
Como se ergue a esperança
Ainda assim, vou me levantar
Você queria me ver abatida?
Cabeça baixa, olhar caído?
Ombros curvados com lágrimas
Com a alma a gritar enfraquecida?
Minha altivez o ofende?
Não leve isso tão a mal,
Porque eu rio como se eu tivesse
Minas de ouro no meu quintal.
Você pode me fuzilar com suas palavras,
E me cortar com o seu olhar
Você pode me matar com o seu ódio,
Mas assim, como o ar, eu vou me levantar
A minha sensualidade o aborrece?
E você, surpreso, se admira,
Ao me ver dançar como se tivesse,
Diamantes na altura da virilha?
Das chochas dessa História escandalosa
Eu me levanto
Acima de um passado que está enraizado na dor
Eu me levanto
Eu sou um oceano negro, vasto e irriquieto,
Indo e vindo contra as marés, eu me levanto.
Deixando para trás noites de terror e medo
Eu me levanto
Em uma madrugada que é maravilhosamente clara
Eu me levanto
Trazendo os dons que meus ancestrais deram,
Eu sou o sonho e as esperanças dos escravos.
Eu me levanto
Eu me levanto
Eu me levanto!”
Maya Angelou foi poetisa, escritora, historiadora, atriz, ativista de direitos civis, amiga de Martin Luther King Jr e de Malcom X.
Faleceu em 2014 e deixou uma obra vasta e impactante.
Tenho a autobiografia dela, Eu sei porque o pássaro canta na gaiola, que ganhei da querida Anginha Donini.
O técnico Luxemburgo, branco, perdeu a oportunidade de ficar calado e disse que reclamar de xingamentos racistas não passa de mimimi dos jogadores.
O Brasil não parou por João Pedro.
O racismo por aqui é tão entranhado, a violência é tão rotineira, que vidas se vão, com uns poucos minutos no noticiário , impunemente.
(Gustavo Moreira na página História sem máscara, Facebook)
Todas as vidas importam, de todas as cores e em todos os lugares.
Realmente, tudo é uma questão de respeito.
Então…
Rotinas da manhã, bons dias e saí.
Mamãe precisava de algumas coisas e fui buscar.
Ela está muito bem adaptada como hóspede.
Fico feliz que meu irmão André, Márcia e Davi saibam lidar com a marra da Marqueza.
Acredito que não sei e não consigo por ser, no fundo, muito parecida com ela, inclusive marrenta.
Em casa.
Fiquei observando o jardim e o quintal.
A pitangueira começa a dar sinais que vai florir. Tudo tãotão adiantado, esse ano atípico de 2020.
A amoreira frutou, se recolheu e está voltando a florir.
Sopa de mandioca, coxinhas da Dani e figos.
Estou muito feliz por ter perdido três quilos sem me empenhar. Agora quero conseguir menos dois.
Tenho me sentindo muito bem fisicamente. As caminhadas não substituem a natação, e continuo aguardando a Ferrô liberar a térmica pra voltar a treinar, mas tem me arejado a mente e também a manter o tônus muscular.
Acredito que a falta de agenda, o mais vagar nas rotinas, a alternância nos tipos de pães, a busca por alimentação sustentável, sem exagerar nas compras, tudo contribuiu no emagrecer.
O clima está bipolar.
Mas, pelo que observo, as nuvens impedirão que vejamos Mercúrio aqui em Botucatu.
Na torcida por uma boa ventania pra limpar o céu.
Hoje é aniversário da Laura, Laurita, minha amiga amada.
Nos conhecemos nos 80’s.
Com ela aprendi coisas fundamentais, dela ganhei minha primeira orquídea, e, juntas, fizemos muitas e inesquecíveis viagens até Bauru.
Formou-se médica aqui na FMB e foi ela quem diagnosticou a bronquite do Diego, ainda bebê.
Estivemos juntas no festival de Águas Claras.
No meu primeiro casamento me deu um guarda-roupas que me acompanhou por muitos anos.
Fomos pra Trindade com ela, eu, Diego e Marco, e foi uma grande aventura.
A vida nos afastou mas isso não mudou nada.
Nos reencontramos 26 anos depois, em agosto passado, e foi bom dimaaaaiiiissss.
Tão bom que, semanas depois, ela me convidou pra Praia Grande e foram dias deliciosos, junto com a graça da Voeli Paris e sua pastora australiana, Roca.
Laura é tattoo da minha alma.
Amiga, te admiro muito!
Obrigada,sempre!, por tudo de divino e maravilhoso que você me proporcionou e por todas as aventuras que virão, porque sinto que virão.
Regina Duarte, também conhecida como Regininha chiliquenta, ficou na poeira. Nem ligo, claro.
A parte triste é o fechamento da Cinemateca brasileira, decidida pelo eleito, e a demissão de seus 150 funcionários.
Mais um”técnico” pro ministério da saúde (?). Dessa vez não é militar, é o empresário Wizard, dono das escolas de línguas. Que ministério é esse, porraaaaaaa?
Weintraub está muito chateado, incompreendido, abatido. Pretende pedir demissão. Pretende? Tá esperando que alguém peça pra ele ficar?
O “desmatador” Salles perdeu no cancelamento de multas ambientais na mata atlântica. Sua decisão foi contestada, já que apoia criminosos e é ilegal. Tomou tombo da procuradoria. Não é tão “isperrrrto” como pensa.
Agora refém do centrão, o PanDemônio fez do diário oficial um jornal de anúncios. Pose e exoneração, dia sim, dia também.
Fazendo meleca e limpando na cara.
Trump é o gêmeo perdido do eleito.
Acredito que combinam as bobagens que fazem e falam.
São os dois piores governantes “democráticos” do planeta, e se igualam aos ditadores que ainda habitam esse plano.
Sobre a pandemia, além do aumento absurdo dos números tristes, a nova sacanagem do executivo foi vetar a verba de socorro a saúde pública.
Agora, cabe ao congresso derrubar o veto. Isso se tiverem vergonha na cara um número suficiente de eleitos pelo povo e para servir a população.
Aqui em Botucatu, duas casas de idosos, aquelas de “repouso” , em investigação por mortes e contaminados pelo Covid 19.
A curva está ascendente. Triste mesmo.
Tá ruim.
Chega por hoje.
” Existirmos.
A que será que se destina?”
Uma boa questão né?
“As palavras são assim, disfarçam muito, vão-se juntando umas com as outras, parece que não sabem aonde querem ir.” Enrique Villa-Matas, em Paris não tem fim.
Esse é o exercício do escrever.
Para onde vão as palavras todas?
As que leio, vira e mexe, me vem, me fazem rir, me causam assombro, emocionam e me chacoalham.
As que escrevo me libertam.
Cassia Eller morreu no dia do meu aniversário de 41 anos.
Lucas tinha pedido o CD no natal e estava tocando na chacrinha, quando a notícia chegou pela tv.
Há alguns anos fomos assistir o musical sobre ela no CCBB São Paulo. E foi tudo de lindo.
Hoje tem muita mulher bacana nessa página.
E tem a chiliquenta.
Fico muito feliz.
Para reflexão.
” Se você parte do princípio equivocado de que sua vida será perfeita, você sempre vai estar chocado pelos altos e baixos. Mas se você espera que sua vida realmente sempre tenha altos e baixos, a sua mente estará tranquila.”
Lama Yeshe
Resistiremos.
Seguimos.