Dormi cedo, com chuvinha, muito gostoso.
Madruguei. Dia de acompanhar a mamãe na geriatra.
Café da manhã sem fome.
Bons dias bons.

Fomos com a Natália.
Mamãe toda no azul marinho, linda!
A consulta foi bacana. Eliminando todas as alternativas do mal estar da Marqueza. Tudo leva a crer que o caminho está correto.
Saímos bastante satisfeitas e positivas.

Cheguei em casa as 9h.
Jornal da clube.

Boas notícias.
14 respiradores pro HC.
Alunos da extensão, de todas as unidades da Unesp/Botucatu, organizando campanhas de cestas básicas.
Nem tão boas.
Transporte público.
Ônibus urbanos ainda em horários de domingo. Lotados nós horários de pico. Já passou da hora de isso ser revisto. Afinal Botucatu já está em outra fase da quarentena e o fluxo de clientes aumentou.

Café da manhã faminta.
Fui caminhar.
Esse exercício diário tem um efeito libertador. Muitos pensamentos, reflexão sobre questões e decisões.

No rádio, temas de filmes. Sugeri alguns, Osmar tocou Rick Wakeman . Aí fiquei com vontade de The Who.
Assisti a ópera rock Tommy no cine Copan, nos 70’s com Todi e Leonete Nóbrega. Muuuuiiiitoooo booooommm!

De volta ao acervo, terminei as 38 edições do “Sob o olhar azul” original e as 10 edições do “Galope”, jornal que eu escrevia na Sociedade Hípica de Botucatu, ainda um clube.
Muitas pessoas nas fotos.
O casamento da Silvia e Alê.
O Carbono Road Band.
Pessoas que não sei mais quem são.
Pessoas de quem tenho saudades.
Pessoas que já fizeram a passagem.

O Alê Mendonça, lindo, moreno do sol de Natal, de cabelos longos, recém chegado da Itália.
Hoje empresário do Ristorante 9Due8.

Os 20 anos da Monaloi, empresa da família do meu primeiro marido.

Enfim…. muito tempo e muitas histórias.
Parei por hoje.
Amanhã tem mais.

Banho bem quentinho, roupas idem, a rede inviabilizada pois a chuvica vem e vai.

Decidi dar atenção pro Villa-Matas, que está abandonado há dias. Sempre um sofrimento terminar um livro. Dói muito, acreditem!, e é assim comigo desde sempre.
” Necessitava ter algum segredo e ser malvado às vezes, sentir-me perverso, me notar por dentro muito diferente do situacionista que era por fora, ter algo de Jekyll e Hyde. Ou, melhor dizendo, ser Hyde alguma vez, não estar o tempo todo sendo tão cândido, tão boa pessoa e tão radical de esquerda. Creio que acertei em cheio ao pensar em Hyde concretamente para meus planos de transgressão, pois com o tempo descobri que na realidade o tema de fundo do romance de Stevenson é o fascínio invejoso que a pessoa convencionalmente boa sente por suas possibilidades de maldades não aproveitadas.”
Fato.
Em Paris não tem fim, Enrique Villa-Matas.
E acabou a bateria do Kindle.

Fui pro quintal. Tudo bem molhado pela chuva desses dias, aproveitei pra plantar a outra muda de pimentão, já que a Silvia não veio buscar, e açafrão da terra, que o André me deu.

“…Você tem fome de que?…”

Hoje tive fome de macarrão com salame, clássico da culinária da mamãe que adaptei ao meu tesão por temperos.

“…A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte…”

Diversão e arte, saídas pra mesmice.
Literatura e pintura, filmes e séries, ouvir música e dançar, jardinagem e culinária, enfim… tem muitas alternativas pra tornar o viver mais prazeroso.
Basta começar.

Preguiçosos reclamões não me agradam. Me dão banzo de conversar e de conviver.
A maior parte das pessoas no meu entorno já estão na envelhescência.
Bora aproveitar, pessoas!
Não tá saudável? Ok.
Tá fazendo o que pra resolver?

Atitude.
Precisamos de atitudes.
Precisamos dedicação, disciplina, determinação.
E arte.
Vida é arte!

Um barulho na cozinha.
Um gato tentando abrir a panela.
Gritei e o ser ainda me encarou.
Quando gritei de novo ele fugiu, pulou o muro.
Minha vizinha tem gatos mas, claro, não era dela.
Gato, pra mim, só o da Alice, que é ficção.
Sempre preferi os cachorros. De todos os tipos, inclusive.
E tive muitos.
Lá fora.

O cerco a família Neves, novamente.
Ainda dá pra acreditar que serão punidos?

O superfaturamento de equipamentos e EPIs.
Vários Estados, governadores e funcionários de vários escalões, empresários, muitos milhões de reais.
A cada dia nova denúncia.
Gentalha.

Como a tal Zambelli, íntima da PF.
Vazamentos de informações, adiantando fugas, álibis e destruição de provas.
Mais gentalha.

Quem mandou matar Marielle?

Na rampa, o eleito foi questionado por uma ex-apoiadora que esfregou na cara dele o número de mortos, acusou-o de trair a população por  se alinhar ao centrão, e foi expulsa.
Ahhhhhh, gostei da senhora!

São mais de 38 mil mortos e mais de 747 mil infectados.

14 ressalvas nas contas do talzinho do ano passado. Indícios de ter ido além no teto de gastos.
Melhor, o TCU observou o uso de verbas para cercear e prejudicar a imprensa que não se alinha ao desvario do desgoverno.
Foi um pito bem dado, sutil mas foi dado.

Me sinto quase contente.

Daí vem a bobagem da pasta daquele tal Hein?Traub!
MP publicada hoje, reeditada por ter sido repelida ano passado, diz que a  escolha de reitores e diretores, de institutos federais, deve ser decisão do ministério.
Tentativa de infiltrar analfabetos como ele e controlar a academia.
Agora é com o congresso.

Tudo usando a pandemia como desculpa pro arbítrio.
Pandemia a qual eles, os latões de lixo, não dão a menor atenção.

Ca-ra-leo.
Essa corja pensa o que?
Que o Brasil é seu pequeno feudo?

Acorda desgoverno!
Aqui é democracia!
A Constituição é soberana.

Indignação diária.

Deu por hoje.

Filtros nas janelas.

“Só o tempo pode dizer para onde vai a estrada, para onde o dia flui…”

Música pra melhorar as vibrações.
Pintei mais um vidro.
A tarde foi passando.
A temperatura caindo.

Tá bom.

Para reflexão.

“O Mestre na arte da vida faz pouca distinção entre o seu trabalho e o seu lazer, entre a sua mente e o seu corpo, entre a sua educação e a sua recreação, entre o seu amor e a sua religião. Ele dificilmente sabe distinguir um corpo do outro. Ele simplesmente persegue sua visão de excelência em tudo que faz, deixando para os outros a decisão de saber se está trabalhando ou se divertindo. Ele acha que está sempre fazendo as duas coisas simultaneamente.”
Texto budista

Resistiremos.

Seguimos.