Na próxima quinta-feira, 04, o Parque Municipal “Joaquim Amaral Amando de Barros” será palco de uma importante aula. A Secretaria Adjunta de Turismo, o Conselho Municipal de Turismo e o Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu realizam a aula “Animais peçonhentos e venenosos da Cuesta – Identificação e primeiros socorros”.
A aproximação do setor de turismo com o especialista em animais peçonhentos do Instituto de Biociências da Unesp veio em boa hora, considerando o aumento das atividades esportivas na Cuesta de Botucatu, onde existem diversas especies venenosas de cobras,abelhas e escorpiões.
Uma pesquisa de conclusão de curso realizada por aluna com base em pesquisas do IBB, Cevap. IBSP, ZUEC e UEL indicou  existência de mais de 50 espécies cobras no Município de Botucatu.
Foram catalogadas em mais de 900 cobras coletadas, 51 espécies de serpentes, distribuídas em 31 gêneros e 6 famílias, muitas delas venenosas. Entre as venenosas as perigosas cascavel, jararaca e coral, são as predominantes
A maioria das especies de cobras encontradas em Botucatu não são venenosas e se alimentam de pequenos animais, incluindo roedores.
O evento será dirigido pelo Profº Antônio Amaral, do Departamento de Zoologia do IBB/Unesp.
Animais peçonhentos, especialmente cobras, escorpiões e aranhas, podem ser encontrados por quase todo o planeta e algumas espécies são abundantes na Cuesta, uma vez que a região possui fragmentos de Cerrado e Mata Atlântica, com matas de transição e extensa zona rural.
Além disso, a Cuesta possui características climáticas distintas, atributo que torna a região propícia para a ocorrência dessas espécies. Conhecer esses animais é uma ferramenta essencial para a identificação adequada, bem como para prevenção e procedimentos a serem tomados no caso de acidentes.
A aula “Animais peçonhentos e venenosos da Cuesta – Identificação e primeiros socorros” está marcada para as 19 horas do dia 04. A entrada é gratuita e aberta ao público.

 

VITAL BRAZIL E AS PESQUISAS
DO SORO ANTIOFÍDICO EM BOTUCATU 

Vital Brazil, um dos descobridores do soro contra o veneno de cobra, viveu em Botucatu onde exerceu medicina no início de carreira, clinicando e pesquisando o soro antiofídico, especialmente para as espécies cascavel e jararaca, que picavam os trabalhadores rurais das fazendas do Município, por volta de 1897, no final do século XIX.
Em 1917, Vital Brazil quando recebeu a patente do soro antiofídico, doou os direitos para o Governo Brasileiro. Vital Brazil pesquisou o soro antiofídico em um sítio que atualmente está no centro da cidade, na Rua Amando de Barros, em frente à Praça do Bosque, no edifício onde funcionam o Bar Pirâmides, Cacau Show, Coisas de Arte e Ótica Roberto.