O Ministro Mauricio Quintella Lessa autorizou oficialmente o início da obra de construção do viaduto sobre a ferrovia, interligando o Conjunto Arlindo Durant, na região Leste e o Jardim Paraíso, na região Norte de Botucatu, próximo à entrada da FCA-Unesp, na avenida José Barbosa de Barros. A cerimonia foi no Parque Municipal Joaquim Amaral Amando de Barros, nesta quinta-feira.
A cerimonia foi concorrida, com lideranças politicas de Botucatu e cidades da região, inclusive de Avaré, onde o Ministro autorizou um túnel também interligando bairros cortados por ferrovia na cidade. O Ministro destacou em seu discurso, carregado de elogios ao deputado Milton Monti (PR), que o serviço vai ser entregue dentro do prazo.
O prefeito Mário Pardini (PSDB) destacou que o viaduto vai permitir dar mais um passo na implantação do anel viário que cortará a cidade.
“É uma etapa do anel viário e fundamental. Sem atravessar o Ribeirão Lavapés e a linha férrea não conseguiremos concluir esse sonho. Sei que não será possível fazer o anel viário em meu governo, mas essa etapa é muito importante, vamos iniciar e fixar o conceito que discutimos muito durante a campanha eleitoral. Esperamos que o governo federal continue apoiando para que possamos inaugurar essa obra até o final do ano que vem, ou inicio de 2019”.
Pardini salientou ainda que mesmo antes de concluir esse viaduto, sua equipe de engenheiros e arquitetos trabalharão para interligar o dispositivo às avenidas que foram construídas no linhão do Jardim Cristina e rodovia vicinal Alcides Soares. “O viaduto não pode terminar no Arlindo Durant; ele tem de facilitar a interligação da cidade com avenidas largas até a rodovia Alcides Soares e, de lá em outra etapa, até a avenida do Linhão”.
O prefeito lembrou que essa conquista teve participação de muitas pessoas. Ele citou os ex-vereadores Reinaldo Mendonça (atual presidente do PR) e Josey de Lara Carvalho (PR, falecido meses depois de assumir o mandato há 4 anos), o ex-prefeito João Cury Neto e por fim os deputados Fernando Cury e Milton Monti.
“Reinaldinho e o Josey que não está mais entre nós. O João (Cury) que brigou muito por essa obra, o deputado Fernando Cury (PPS) que me ajudou muito nas reuniões que tivemos em Brasília. Ele sempre esteve comigo e o deputado Milton Monti (PR) que foi fundamental na liberação desse recurso. Acho que isso é importante: as forças políticas trabalhando em prol do povo”.
Reinaldo Mendonça, ex-vereador que indicou a obra, era uma figura discreta e muito citada nos discursos das lideranças de Botucatu, além dos deputados Milton Monti, Fernando Cury e pelo Ministro Quintella, que se recordou dos tempos em que era vereador.
“Exatamente no dia 7 de janeiro de 2009, quando era presidente da Câmara, o Miltinho me fez uma visita no Legislativo e ele, nesse dia, assumiu o compromisso de que essa obra ele trazia para Botucatu. O nosso deputado e companheiro de partido, Milton Monti se empenhou ao longo de todos esses anos incansavelmente pela liberação dos recursos necessários, apesar das dificuldades financeiras que ocorreram no meio do caminho”, lembrou. O ex-vereador salientou ainda que nos últimos 40 anos foi o maior investimento do Governo Federal em Botucatu, em unica obra na Cidade.

MINISTRO DIZ QUE OBRA É FUNDAMENTAL PARA A CIDADE

O Ministro Mauricio Quintella Lessa em entrevista coletiva afirmou que a obra é fundamental para o desenvolvimento da cidade, melhorando a mobilidade urbana, aumentando a segurança e a diminuição de tempo de deslocamento dos cidadãos.
Ele ainda salientou que o benefício é fruto de trabalho de muitas pessoas.
“Essa obra é fruto de muita luta dos representantes da cidade, como a Câmara de Vereadores, Câmara dos Deputados, o deputado Milton Monti que lutou muito, e o prefeito”, destacou.
Quintella disse que a União começa por Botucatu, um programa de redução de pontos criticos na mobilidade urbana.
“Esse local é um ponto crítico e importante na cidade. A linha férrea divide a cidade ao meio interferindo muito na mobilidade urbana. O Governo Federal tem um programa para eliminação dos pontos críticos e estamos iniciando aqui por Botucatu e por Avaré. Aqui (em Botucatu) é uma obra de aproximadamente vinte milhões de reais, entre preço de obra, desapropriações e que tem o orçamento garantido. Ela está priorizada, já temos cinco milhões empenhados, ou seja, ela pode começar imediatamente, depende apenas da mobilização da empresa e nós vamos garantir no orçamento de 2018 o orçamento necessário para que o contrato seja cumprido e a obra entregue em 18 meses”.
O Ministro pediu publicamente para que a empresa vencedora do processo licitatório contrate funcionários em Botucatu e, sobretudo, tenha em seus quadros trabalhadoras, seja na administração ou na construção do viaduto.
“Essa obra vai recolher impostos no município e pedimos para que a empresa gere emprego em Botucatu, que contrate prioritariamente pessoas da cidade”.

E O AEROPORTO DE BOTUCATU?

Questionado sobre o plano de aviação regional que excluiu o aeroporto de Botucatu, Quintella criticou a gestão anterior.
“O Governo passado anunciou o plano de aviação regional com 800 aeroportos, uma coisa absolutamente impensável. Depois com duzentos e setenta aeroportos, onde estava Botucatu. Esses aeroportos tiveram seus projetos contratados sob responsabilidade do Banco do Brasil, que até o início deste ano não tinha entregado nenhum projeto. O que fizemos foi racionalizar o plano de aviação regional, definir uma prioridade. Agora são cinquenta e oito aeroportos, que estão com os projetos mais avançados. Na medida em que os projetos estão saindo estávamos fazendo os investimentos. Quando o projeto de Botucatu ficar pronto ele vai entrar na prioridade imediatamente. Em São Paulo teremos em 30 dias, dentro do programa de avaliação regional, o aeroporto de Ribeirão Preto. Creio que outros aeroportos virão”.
Quintella encerrou a resposta se comprometendo com a cidade, quando o projeto de uso do aeroporto estiver pronto.
“Vou olhar com muito carinho Botucatu porque essa cidade, não tenho duvida que merece: é uma cidade de médio porte com cerca de 140 mil habitantes, cidade que tem indústrias importantes como a Embraer, cidade universitária e não tenho duvidas que o aeroporto é um ativo que poderá ajudar muito o desenvolvimento”.

MILTINHO DESTACA POLITICA COM ‘P’ MAIÚSCULO

Em rápida entrevista – com duas perguntas – Milton Monti salientou que a conquista do viaduto foi fruto de uma “boa negociação politica”.
“Foi uma boa negociação politica. Negociação com pê maiúsculo. Usei minha força politica, os espaços políticos que tinha para nessa hora negociar que ela acontecesse e, temos de agradecer ao nosso Ministro e ao nosso Presidente Michel Temer, pois essa obra vai ajudar muito Botucatu”.
Miltinho reconheceu que houve muita pressão da cidade e fora dela. “Fui muito pressionado e pressionei muito também. Pressionei bastante, pois estamos em um momento difícil, com pouco recurso, mas não poderíamos deixar que isso não acontecesse”.

FERNANDO CURY LEMBRA ESFORÇO DA CIDADE

O deputado Fernando Cury afirmou que esta quinta-feira foi um dia importante para a cidade.
“Hoje foi um dia importante para Botucatu, sobretudo para os moradores das regiões Leste e Norte da cidade. Também se comprovou aqui que o trabalho e a união de forças é importante para Botucatu e também para a região. Foi um trabalho feito com várias mãos. Muito se disse, se discutiu sobre essa obra, mas o mais importante é que todos nós ficamos unidos em torno desse beneficio, como vereadores, o ex-prefeito, como é o caso do João Cury, o prefeito, como é o caso do Pardini, o deputado estadual e deputado federal, enfim. Quando a gente se une a população é quem ganha com isso”.
Fernando Cury salientou que o viaduto vai encurtar distancias na cidade e melhorar a mobilidade urbana.
“Essa obra foi muito esperada por muito tempo, vai ajudar e resolver um problema de mobilidade urbana e reduzir os congestionamentos para quem vem para a região Norte. foi um dia marcante para todos nós. Foi uma alegria viver este momento”.