O trem subiu a encosta seguindo pela Serra do Barão, tomou água nos fundos da Fazenda do dr. Conceição, varou as primeiras centenas de metros do altiplano, deixando para trás o café do Lageado e encostou na estaçãozinha de Botucatu.

Uma nuvem de vapor inundou a gare, encobrindo a visão dos que estavam à espera. Mal o vapor abaixou, os condutores dirigiram-se rapidamente para dentro das salas. Iam reportar a viagem até ali, carregar encomendas e descarregar outras.

Então, o padre apareceu à pequena porta do vagão de passageiros. Esguio, de batina preta vestindo rigorosamente do pescoço aos pés, seguia seu perfil magro e longo, rosto comprido, nariz proeminente, expressão atenta. Descansou as duas malas na plataforma, ergueu o corpo  e correu os olhos pelo lugar para onde vinha, destacado para integrar o corpo de sacerdotes da Matriz.

Padre Landel Moura

Não viu muito: ao longe um elegante edifício de dois andares, a atual sede central dos Correios, seguramente uma bela residência de gente de posses, encravado no sopé da montanha. Dali, à direita, subia um caminho que mal conduzia ao topo do morro, ainda pouco habitado. À esquerda, uma larga avenida, ladeada de pequenas construções, ainda engatinhava, via-se. Mais ao longe, ainda à esquerda, uma outra encosta, já perto do horizonte, onde hoje está a Vila Maria, quase toda desabitada, pontuada de singelos casebres de madeira, soltos no meio do pasto. Pensou ter visto tudo.

Desviou o olhar e viu monsenhor Ferrari, alegre, saudar-lhe oferecendo um lugar num trole puxado por dois cavalos. “Venha, esta é a minha carruagem”. E sorriu do próprio gracejo. O padre fez que sim com a cabeça, acomodou as duas malas, subindo no assento do passageiro e seguiu, em silêncio.

Falaram pouco. O padre ouvia, atento; monsenhor Ferrari, mais prolixo, contava: “Estou aqui há vinte anos. Vim para cá muito mocinho, primeira messe, e me assustei, de início. Agora não. Já mudei de lugar a igreja matriz, no final dos 1800, e a que o senhor vai ver é muito maior. Mas, antes, vamos passar na velha matriz. É mais fácil seguir por aqui, os cavalos agüentam bem.” E o padre só ouvindo.

O Monsenhor falava, o trole andava e o padre desligou-se um pouco; foi vendo: a cidade não tinha luz elétrica, as ruas não estavam pavimentadas, eram poeirentas, a condução era a base dos troles puxados por animais. Num dado momento, interrompeu o monsenhor: “tem água encanada?” Não, peremptório, respondeu o monsenhor. Tomamos banho de bacia. Como é a iluminação? A pública, redargüiu o monsenhor, de rua? No lampião de querosene. A das residências, dependendo das posses, pode ser de gás acetileno, lampião Belga a querosene ou lamparininha com mexa mergulhada em óleo. Mas esta faz um “fumacê” danado. O padre mergulhou num novo hiato de silêncio. Ia só olhando e ouvindo.

Cruzaram a longa avenida que se abria, a Floriano. O padre corria os olhos à direita, vendo as recentes ligações com vias que começavam na avenida e subiam morro acima. E, à sua esquerda, pavilhões que pareciam fábricas. Eram. Fizeram o percurso todo calados, um silêncio quebrado apenas pela fala do monsenhor, e chegaram ao Largo da Liberdade. O monsenhor, falante, exclamou: “É esta aqui, a Igreja de São Benedito”. O padre olhou aquele velho e sagrado edifício, com expressão de espanto e desolação. O monsenhor, rápido, adiantou: estava velho demais, e era pequeno. Não se impressione, a nova é muito melhor. E o padre continuou não dizendo nada.

O Monsenhor Ferrari dirigiu seus cavalos e os fez varar a rua principal, a que começava defronte da Igreja de São Benedito, buscando subir a encosta pelo caminho mais usual, o dos mortos. “Vamos subir onde antes era a alameda que conduzia ao cemitério, no alto da colina; está mais firme e, no topo, atingimos os fundos da nova Matriz”, exclamou o monsenhor.

O trole subiu a encosta pelo caminho dos mortos, com os animais puxando lentamente, mas firmes. Um edifício chamou a atenção do padre: E ali, o que é? Teatro, respondeu o monsenhor. É de tijolos somente a entrada que estamos vendo. Da entrada pros fundos tudo é feito em tábuas e vigas de madeira. Pertence à Santa Casa de Misericórdia. “Santa Casa?”, perguntou o padre. “É, um hospital, já está funcionando há uns quatro anos. Obra do dr. Costa Leite, um baiano formado na Escola Nacional de Salvador, que veio para cá mais ou menos na mesma época em que vim. Somos amigos”. Visivelmente impressionado, o padre silenciou novamente. A parelha de cavalos contornou, no alto da via, à direita, o território do antigo cemitério, ainda sem novo uso, depois da transferência das ossadas para o novo, o Portal das Cruzes; dali, emparelhou com um descampado de onde se via, à esquerda, a nova matriz. Os cavalos resfolegavam, suados, bufando pelas ventas. O monsenhor os fez diminuir a velocidade, viraram à esquerda antes do novo Jardim da Praça XV de Novembro, de onde se podia ver o novo prédio da Câmara/Cadeia e do Grupo Escolar. Então, com cuidado, conduziu a parelha para bem diante da nova Matriz. Não disse nada. Um silêncio se fez por uns instantes. O edifício era grande, os ressaltos à imitação de colunas gregas, encimados por um triângulo, davam-lhe um aspecto clássico. Olhou para cima: lá estava o relógio, incrustado na parede, mas faltavam-lhe os sinos.

Antiga igreja botucatuense

“Não tem torre, um campanário?”, perguntou o padre. Ainda não, respondeu o monsenhor, já meio chateado. Era visível que o edifício não impressionara o padre. “Vamos pra casa, moro logo ali atrás, em propriedade da minha família. Somos italianos e eles vieram para me dar suporte”. E o padre, em silêncio, viu o monsenhor parar diante de um bangalô, já meio desbotado. “É aqui!”. O monsenhor desceu, rodeou o trole e levou as mãos para pegar as malas. “Deixa que eu faço isso”. O monsenhor recuou as mãos, mas ficou intrigado: “O que haveria ali dentro das malas além do breviário, das roupas e sapatos?”. “Pouca coisa”, respondeu o padre, adivinhando a curiosidade do monsenhor.

Entraram na casa, vazia ainda, e o monsenhor levou o padre até seus aposentos. Este, curioso, com cuidado, esticou o pescoço, correndo os olhos para dentro do quarto: uma cama, um criado-mudo, um guarda-roupas, um castiçal para velas e um móvel com espelho, bacia e jarro, seguramente para a higiene da manhã e noite.

 

O monsenhor distanciou-se, dizendo que ficasse à vontade. O padre depositou suas malas sem abrir, quase ao pé da cama. Pediu licença e fechou a porta. Sem dizer palavra alguma, ficou parado por algum tempo, olhando o quarto por dentro e pensando. Estava visivelmente chocado, mas agiu como manda o figurino: ajoelhou-se com o breviário entre as mãos, cotovelos apoiados na cama e rezou: “Senhor, não sei quais são teus planos para mim, mas os aceitos”. Em seguida, cansado, estirou-se na cama e, olhando para o teto, ainda sem forro, adormeceu.

***

 

Durante os dois anos que padre Roberto Landel de Moura viveu e pregou em Botucatu (1905/1906) , como coadjutor, fez de tudo um pouco: batizou e crismou nas vilas rurais, fez sermões candentes na Matriz e celebrou missa na ausência do vigário titular, monsenhor Ferrari. Aceitou resignadamente aquela espécie de desterro, numa vila distante, dentro dos limites do sertão paulista e desprovida das mínimas condições que experimentara nos grandes centros em que vivera, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro e Nova York.

Porém, seu espírito indômito não o deixara se afastar de seus sonhos. Tinha idéias e queria transformá-las em inventos, úteis ao seu país, o Brasil. O mais difícil, entretanto, não conseguira: convencer seus conterrâneos que aquilo que conseguia produzir não eram loucuras; que o mundo estava evoluindo, que os povos necessitavam cada vez mais de uma comunicação rápida e confiável, que superasse os velhos limites do telégrafo com fio, para longas distâncias e que, mais do que os simples sinais em código “Morse”, era possível falar e ouvir entre dois pontos não ligados por material algum, apenas pelo vazio do espaço, o éter. Mas como isso era difícil!

Teatro Espéria no Bosque

 

     Depois das cartas, o telégrafo transformara as comunicações, encurtando distâncias e superando o tempo. Cartas levavam tempo, o telégrafo segundos. Crescendo ao lado das ferrovias, o telégrafo já fincara seus postes e esticara seus fios ao longo das mais famosas estradas de ferro, na América, na Europa, na Eurásia, correndo como irmão da ferrovia. O telégrafo para transmitir os sinais, tal como fora inventado em 1843 por Samuel Morse, incentivou o estabelecimento da comunicação entre os vários pontos dos continentes, mas estava lançado um desafio: estabelecer a ligação entre a América e o pais mais desenvolvido da época, a Inglaterra, às vésperas de mergulhar na mais profunda revolução econômica de que se tem notícia: a Industrial.

Entre os continentes

Os continentes não se falavam e as comunicações marítimas inexistiam. As embarcações comerciais da forte marinha mercante inglesa mergulhavam numa escuridão sem fim, entre um porto e outro. Dá pra imaginar o que isso ocasionava. Até 1866, quando teve sucesso a instalação do primeiro cabo submarino intercontinental, ligando a América do Norte à Inglaterra, o retorno dos problemas das naus comerciais que saíam aos seus destinos, não estava assegurado…até que aparecesse uma outra embarcação trazendo as notícias.

Escola Cardoso de Almeida

O primeiro cabo submarino estabelecido ligou a Inglaterra e a América do Norte. Depois de três tentativas, interrompidas por rompimento dos cabos, o sucesso precisou esperar até 1866, por problemas de voltagens. Transmitia apenas mensagens telegráficas. Nada de telefonia. A primeira mensagem, enviada por sinais telegráficos, foi “Glory to God in the highest, and on Earth, peace, good will to men”.

Mas, daí em diante a evolução foi rápida: novos materiais, novos cabos e domínio completo sobre o trânsito de informações. O cabo submarino coaxial surgiu em 1956 e   permitiu um aumento do volume de mensagens, simultâneas, mas foi o chegada da fibra ótica, aplicada aos cabos submarinos, que inaugurou uma nova fase nas transmissões: mais rápidos, baratos e permitindo um volume ainda maior de ligações simultâneas. O primeiro, foi implantado nas ilhas Canárias, em 1982, sendo que os de longa distância somente apareceram em 1988, com o lançamento de um cabo transatlântico , interligando os EEUU, França e Inglaterra, com capacidade de transmissão em massa.

Serviços mais baratos procuraram substituir o tráfego de informações utilizando satélites. No início do século atual viu-se o aumento de oferta de bandas para troca de informações na utilização de novos sistemas de cabos que foram lançados no Oceano Pacífico, Atlântico, Sudeste da Ásia e América do Sul. E, então, a demanda que se achava reprimida, se expandiu.

Nos tempos atuais se procura a implantação de novos cabos, buscando a África, ligando-a à Europa, através de Portugal, a países como Marrocos, Senegal, Costa do Marfim, Gana, Nigéria, Gabão, Congo, Angola e África do Sul. Permitirá maior velocidade, confiabilidade às ligações africanas à internet global, para além de dados e comunicação de voz.

No Brasil: Os cabos submarinos

Patente registrada nos EUA
Quando Padre Landell chegou a Botucatu, o Brasil já estava interligado a Portugal por cabos submarinos desde 1874. Antes, um outro cabo, fazendo os contatos porto a porto, já havia ligado o Rio de Janeiro a Salvador, Recife e Belém. A linha Recife, João Pessoa e Natal veio no ano seguinte.

Depois vieram outros, ligando Fernando de Noronha, 1893, 1914 e 1925. E, depois ainda vieram os Américas II (ano 2000, com 9 mil quilômetros de extensão), Atlantis 2 (também ano 2000 e 12 mil quilômetros de extensão; o único cabo submarino que interliga diretamente a América do Sul à Europa), Energia – SAM 1 (interligando as três Américas e tem 25 mil quilômetros de extensão;  e mais os Global Crossing – SAC, o Globonet/360 network, além do doméstico UNISUR, inaugurado em 1994, interconectando os países do Mercosul (Brasil, Argentina e Uruguai,`a época; permite o tráfego de todos os tipos de comunicações como televisão, telex, telefonia e dados)

A telefonia a fio em Botucatu

      Internamente o país já ingressara na fase de implantação do telefone a fio e seguia o mesmo rumo do telegrafo: pequenas centrais se multiplicavam pelos municípios e se expandiam em redes regionais, curtas.

Quando o padre Landell chega a Botucatu a telefonia a fio já ia de longe em todo mundo. Seu surgimento data de 1860, em Nova York, dado a público através de uma publicação feita por um italiano chamado Antonio Meucci, mas acabou sendo atribuído a Graham Bell alguns anos mais tarde, 1875 ou 1876.

No Brasil, o telefone somente aparece em 1883, quando a cidade do Rio de Janeiro, já contava com 5 centrais e mil linhas. Esse sistema era interligado com Petrópolis.

Quase vinte e cinco anos depois é que começam a ser instalados os aparelhos em Botucatu. Sempre acompanhando a iniciativa particular, com um empresário tomando a frente, instalando uma pequena central, distribuindo fios pela cidade e vendendo assinaturas. Em julho de 1905 eram 78 telefones: 20 em casas de comércio, 12 nas fazendas, 7 particulares urbanos, 7 em fábricas, 6 para carros de praça e cocheiras de aluguel, 5 em hotéis, 4 em farmácias, 3 em médicos e dentistas. Bastante para a época. No ano seguinte já estariam estabelecidos os fios ligando Botucatu a Itatinga e Avaré. Dados que Trajano Pupo nos aponta no seu excelente Botucatu, antigamente. Bom também, aliás ótimo para a época.

Landel Moura

 

Mas esse não era o negócio do padre

      Padre Landell queria mais. Queria a telegrafia e telefonia sem fio, porque acreditava que esse seria o futuro. Queria comunicar dois lugares com suas ondas eletromagnéticas, cruzando sem limites os corpos mais opacos, tal como havia feito em demonstração em 1893 entre o bairro de Santana, na capital de São Paulo e o mirante da Avenida Paulista. Assombroso, seu aparelho podia modular a voz humana ou um conjunto musical, sem interferência. Tanto por ondas hertezianas, como por ondas luminosas.

Já era um campeão de invenções: inventara uma sofisticada válvula moduladora, um microfone, alto-falante, dominava a emissão de ondas luminosas com as quais prometia fazer a comunicação entre dois pontos, utilizando a voz humana ou não, mas o xodó eram suas invenções que já apresentava acabadas: telégrafo sem fio,  telefone sem fio e modulador de ondas de rádio.

 

Mas não tinha muito sucesso com as autoridades

     Landell não era um empresário. Tentava, então, convencer as autoridades que a invenção colocaria nosso país à altura das nações que já investiam no desenvolvimento de tecnologias ligadas à comunicação. Mas não conseguia. De certa feita, no início do século XX, tenta convencer o governo brasileiro a disponibilizar dois navios, entre os quais prometia emitir e receber comunicação. Perguntado a que distância deveria a marinha postar seus barcos, respondeu: “Vocês é que sabem. As mensagens podem alcançar distâncias imensas”. Nem é preciso dizer que não obteve apoio.

Voltou a Campinas, onde era pároco, e onde mantinha seu laboratório de construção de aparelhos. De certa feita, já desgastado, encontrou-o invadido e destruído parcialmente, pela população, fala-se. Teve um acesso de ira e terminou por destruí-lo todo.

 

Precisava garantir as patentes

      Ou desiludido com as autoridades, ou com os mais próximos que o tinham por bruxo, louco ou outra coisa qualquer, arruma as malas e vai para Nova York. Lá consegue as patentes para seus três inventos, não sem antes reconstruí-los, já que precisava demonstra-los diante de uma banca. Colocou-as na mala e voltou para o Brasil.

 

É aí que Botucatu entra na sua vida

      Não se sabe por qual motivo tenha sido designado para a fronteira da civilização: Botucatu era, à época, uma cidade sem água encanada, sem esgoto tratado, sem pavimentação das ruas e principalmente sem o insumo básico de seus inventos: a eletricidade, que somente viria a ser gerada e distribuída em fevereiro de 1907, a partir da Usina da Cachoeira Santana (hoje Véu de Noiva).

Para ele, pároco em Campinas, freqüentador dos círculos científicos, eclesiásticos e jornalísticos de São Paulo, Rio de Janeiro e Nova York, todas cidades já com a eletricidade em uso em larga escala, inclusive com o Bonde Elétrico, não deve ter sido fácil.

 

Mas Landell não desiste

      Aqui, tira das malas seus inventos e corre atrás de seus sonhos, novamente. Entre uma missa e outra, um sermão e outro, um batizado e outro, vamos encontrá-lo buscando apoio da Assembléia Legislativa de São Paulo, através do deputado Amando de Barros. Provavelmente orientado, encaminha uma petição (hoje arquivada na Alesp). Diz o jornalista Hamilton Ribeiro, que ali compareceu depois de solicitar ao CCB uma pesquisa sobre a passagem do padre por Botucatu e elaborou uma publicação com os resultados (publicação feita em 19 de fevereiro de 2011, jornal Zero Hora, de Porto Alegre), que na sessão de 16 de dezembro de 1905 sua petição, escrita de próprio punho, foi lida, solicitando recursos para produzir e colocar à venda os seus aparelhos de rádio e telegrafia. Dizia: “ diz o peticionário que se pode telegrafar e telefonar a grandes distâncias, servindo-se de ondas luminosas ou ondas aéreas”. Para atestar o seu pioneirismo anexa recortes de jornais como o New York Herald, além de traduções juramentadas dos pareceres dos técnicos americanos sobre a importância e utilidade das invenções.

 

Mas perde mais uma vez

      Alguns meses depois, em 20 de julho de 1906 a ALESP trás o resultado de 10 petições. Todas foram arquivadas, sob alegação de que “umas foram atendidas e outras perderam a oportunidade”. Entre estas estava a de Roberto Landell de Moura.

Não se sabe o que tenha ocorrido depois, aqui na cidade. As notícias desaparecem dos jornais. Landell é deslocado para outras paróquias e volta ao seu estado natal, o Rio Grande do Sul. Morre em 1928, sem ter visto seus inventos aproveitados pelo seu país. Vencidas, as patentes tornaram-se outros “inventos”, que foram industrializados no exterior. O Brasil importou, depois, a tecnologia e o resultado prático dela.

 

Uma homenagem tardia, mas ainda válida

      Tendo abrigado por dois longos anos o Padre Roberto Landell de Moura, considerado hoje extra-oficialmente o inventor do rádio, pela sua primazia experimental e sua originalidade na formulação dos princípios do uso das ondas de rádio e luminosas, Botucatu, que jura amar a cultura e a ciência, bem que poderia erigir uma homenagem ao físico, cientista e padre Roberto Landell de Moura!