O prefeito Mário Pardini destacou no sábado, 13, durante entrevista a uma rádio em Botucatu, que até o final de Janeiro vai nomear os novos secretários de Cultura e também de Segurança e Direitos Humanos, que estão vagos desde o final do ano passado. O prefeito não revelou nomes que vem conversando, mas negou a efetivação de alguns nomes que a imprensa local vem divulgando.
Na área de segurança, o que menos tem nomes circulando entre os políticos, Pardini destacou o que classificou de excelente trabalho de Adjair de Campos e elogiou o eventual substituto, Paulo Buchignani, da Delegacia de Investigações Gerais, mas ressaltou que devido à falta de delegados na região, a aposentadoria do servidor estadual, vem sendo protelada desde o ano passado pela Secretaria de Segurança Publica, inviabilizando a nomeação.
“Todos sabem que desde o ano passado desejava fazer a transição na saída secretário Adjair de Campos com o delegado Paulo Buchignani, mas infelizmente não foi possível fazer essa efetivação, está descartado no momento, por conta da demora em sair a aposentadoria. Mas, estamos estudando nomes e vamos anunciar até o final de janeiro”, afirmou à Rádio Clube FM.
Pardini também afirmou que não é descartada a possibilidade de o novo Secretário de Segurança sair das fileiras da Guarda Civil Municipal.
“Também isso pode acontecer, temos servidores municipais na GCM muito bem preparados e dedicados na função”.
Em relação à Cultura, pasta que ganhou notoriedade nos últimos dias por conta de suposta censura a duas exposições de quadros sobre a diversidade sexual, o prefeito também não confirmou nomes, mas destacou que ele não convidar alguns nomes ventilados na imprensa. Pardini elogiou e lamentou a saída do professor Antonio Luiz Caldas Junior, “pessoa que aprendi a gostar, desde que o conheci, quando cheguei a Botucatu de volta, em 2011”.
Pardini negou que venha a fazer convite para uma pessoa de Lençóis Paulista, ligada à Cultura e que foi sugerido por artistas cênicos e músicos da cidade e a professora Marlene Caminhoto, que estaria articulando com diversos setores a sua viabilização no cargo.
“Temos vários nomes em estudo, vamos anunciar até o final do mês. No momento vou dizer o que não vai acontecer: não será ninguém de fora de Botucatu, temos nomes na cidade para essa função e não vai acontecer a nomeação da Marlene (Caminhoto). Outra coisa, não vai ocorrer a unificação da Cultura com a Educação também”, adiantou.
Pardini também mandou um recado nas entrelinhas a setores que estariam pressionando o executivo: “Não sou sensível à pressões e sou a favor do diálogo”, referindo-se a eventuais pressões que estejam ocorrendo na Segurança e Cultura. Não foi esclarecido na entrevista para quem foram os recados.
HOMOFOBIA
O prefeito também negou que o Município e a sua administração tenham censurado, como foi divulgado nesta semana, a exposição relacionada à diversidade sexual.
“Percebemos que existem alguns quadros com erotização acentuada e como o Museu Histórico e Pedagógico Francisco Blasi recebe muitos alunos da rede escolar municipal, muitas crianças de creches, não ficaria adequado. Até na tevê tem classificação de faixa etária. Vamos realizar o evento, que não foi cancelado ou censurado, no dia 17, mas será no Museu de Arte Contemporânea mais adequada a essa proposta e vamos informar ainda a classificação para faixa etária”, afirmou.

(com jornal Leia Noticias)