Mais um encontro pré despedida.
Jantamos no Vecchio Capeletti, delícias e mais delícias da culinária italiana.
Estávamos com os pais do Henrique e tivemos a preciosa companhia das minhas primas Adriana, Daniela e Mariucha.
Não encontrava as gatas Marquez Delmanto desde os 90 anos da vovó.
Com Mariucha tive um encontro surpresa na praia da Baleia, em Boiçucanga, há uns três anos atrás.
Estar com as primas fez voltar às emoções tãotão especiais que estão na memória afetiva de Uberaba.
Foi ter a companhia espiritual dos avós e da tia, amados!, que já não estão entre nós.
Tute Carmelo e Vitor arrasaram na gentileza e atendimento.
Com certeza o Vecchio é o meu lugar especial em Sampa.
Gratidão.
Acordei já emocionada, os olhos teimando em lagrimar.
Despedir de filho é parto ao contrário.
Emoções contraditórias.
Visto que compreendo, e aceito tranquila, a decisão deles em morar fora do Brasil.
Encontrei Henrique aos prantos também.
Lucas é mais forte, segura melhor.
Tomamos café da manhã com Luizinho, sempre generoso e gentil.
Cleusinha teve que trabalhar. E foi chorando, ele contou.
Eu e Lucas tivemos nosso tempo abraçados, de conversinha de mãe e filho, de amor e bençãos.
Nos despedimos no portão do condomínio, entre palavras e lágrimas.
E eu esqueci o panetone.

Viajar com o Amilton é sempre bom.
Motorista experiente, prosa boa, viagem tranquila.
Fizemos em 2 horas e meia, de boas.
Em casa, ahhhhhhh…
Tudo na paz.
Lucas e Henrique já estão a caminho do aeroporto.
O vôo marcado pras 15:40h.

Vida que segue.
Na tv.
A vacina, a campanha anti-vacinal, as mentiras do desgoverno, a politicagem.
Até quando , pelamor?
” A melhor vacina é a que chegar no seu braço.”
Dr. Luiz Carlos Dias, infectologista.
Aproveito a coluna pra dizer pra você e pra você, que tem insistido em me mandar receitas do remédio tal e do outro tal, por favor, queridas!
Usem vocês, não tentem mais me convencer, por favor!
Recado dado, sei que as duas compreendem, e sejam muito felizes com suas receitas.
A amizade é a mesma, com distanciamento.
Sempre acreditei na ciência e as carteiras de vacinação da minha família não estão em segredo de justiça.
Nunca acreditei nos sacanas aproveitadores, nos corruptos, nos organizadores de correntes, nos adeptos do “jeitinho”, nos que prometem almoço grátis.
Quero distância de gente sem caráter.
No Amazonas médicos denunciam a pressão do “ministério” da saúde pra receitarem o kit inútil de medicação inútil contra o corona vírus.
O desgoverno tem que desovar os milhões de comprimidos que produziu com seu negacionismo.
Sem falar nos milhões de reais gastos no desinvestimento, nesse Brasil que tem uma dívida pública de 90% do PIB.
O Sinistro Pazuello, que está em Manaus vendo o horror do desmazelo in loco, descobriu agora que a prioridade é vacinar. Garantiu a vacinação ainda em janeiro.
Reféns da Anvisa, estamos.
Num caos econômico total, o Brasil está.
Os que votaram pra ser contra o PT deram um tiro no pé, que gangrenou.
A gangrena já passou do joelho e vai comendo lentamente o que sobrou.
Os empresários já abriram seus olhos e os voltaram pra outras países, onde existem governantes e não dementes ególatras. Estão caindo fora rapidinho.
O Brasil não é mais confiável.
Milhares de trabalhadores desempregados.
Miséria e mais miséria.
Inflação em crescendo.
Os apoiadores do insano insistem na mentira que está tudo bem, que o país não precisa das indústrias.
Ahhhhhhh tá!
Filtros nas janelas.
Lentilha com linguiça e bacon, arroz.
Céu nublado, calor calor calor.
Abro a agenda de 1998 e encontro essa lindeza em 18/08.
Os meninos já despacharam a mala, já estão no pré embarque e o pior, que é o despedir, já passou.
A certeza de um encontro em breve, com Diego e Silvia, aquece meu coração.

Hoje é noite de encontro com o amigo Fer.
Estou muito feliz com seus bons propósitos de vida ativa e vou apoiar e cobrar, claro.
Amizades são pra fortalecer.
Pra derrubar já bastam as calçadas ruins.
Para reflexão.
“Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.
O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida”
Carlos Drummond de Andrade.
Resisto a cada dia.
Seguimos.