Ontem foi aniversário do Lenine.
Passei o final da tarde escutando suas músicas e curtindo o chuvaréu.
Lenine é genial, multi talentoso nas artes musicais e das palavras.
Sou muito fã.
Entre tantas lindezas, a minha preferida…

Que conheci logo no lançamento, em 1997, virou um hino pessoal,

” …a lua me chama e eu tenho que ir pra rua…”; quando o exterior estava tãotão intenso e confuso, “… hoje eu quero sair só…”, que cantava enquanto caminhava de volta pra casa nas madrugadas, quase sempre vazias.


Meus primos Carlos Ronan e Monica serão avós.
Ada e Thiago esperam a chegada da Sarah.
Fiquei muito feliz!
Mais ainda por saber que tia Marlene, a vóbisa, está preparando os bordados pra bisneta.
Tia Augusta, irmã do vô Ruy, deve estar vibrando bençãos no outro plano.
Parabéns pra todos vocês, muitas alegrias e bençãos pra Sarah!
Presente musical…

Tia Augusta era uma mulher muito bunita.
Sempre achei minha mãe muito parecida com ela.
Além disso, morava, ou tinha morado, em Belo Horizonte.
BH, a capital de Minas Gerais.
Eu era muito menina e as capitais faziam parte de um treinamento sistemático com meu pai. Ele sabia todas, inclusive do mundo.
Então tinha um fascínio especial a minha querida tia avó Augusta, de quem lembro o delicioso cheirinho de pó de arroz.
Certa ocasião fomos pra fazenda, eu com meus avós e a tia.
Vovó organizou pra eu dormir com ela.
Vaidosa, usava uma redinha pra proteger os cabelos, impecáveis.
Acordei de madrugada e, a luz de velas e sem lembrar de onde estava, ao ver minha tia dormindo ao meu lado, esqueci quem era ela, assustei e saí correndo pro quarto dos avós.
Outra lembrança muito gostosa era das suas visitas, junto com a irmã Julieta, nos inesquecíveis cafés da tarde na casa dos meus avós.
Carlos Ronan é seu neto e Sarah será sua tataraneta.
As memórias, ahhhhhhh, tia querida! Sempre foi muito booooommmm, saudades!

Música do meu tio, irmão da vó Lydia, escritor e diplomata Mário Palmério.

Acordei cedinho, céu azul e fome, planos e bons pensamentos.

Lembrei que sonhei com mudanças na organização dos armários.
Aproveitei a tocha matinal e fiz o que sonhei.
Uau, ficaram bem mais bacana as roupas de cama e banho e os cobertores.
E a sacola de doações só aumenta, vivas!

Fome de pão fresco com presunto e manteiga.
Fui no mercado Magu e aproveitei pra ter uma prosinha bem gostosa com o Paulo.
Tenho muita sorte em ter os bons e amados vizinhos que essa casa me deu.


Leitura na rede enquanto o Sol não chega pleno ao gramado/praia do quintal.

Maya Angelou já está morando em San Francisco, começa a segunda guerra, os asiáticos “somem” discretamente da cidade, que é invadida por negros vindos do sul segregacionista para trabalhar lado a lado com os brancos, nas “fábricas de guerra”.
A adolescente encontra uma professora estimulante, começa a ler jornais diariamente e faz curso noturno de teatro e dança como bolsista.

O incentivo é transformador.
Muitas vezes, quem o dá a nós nem pode imaginar o quanto de bem pode nos trazer.
Obrigada a alguns dos meus mestres e amigos especiais.
Vocês foram e são fundamentais pra mim.
Incluindo você, meu querido editor.

Ahhhhhhh, como adoro falar com meus filhos!
Ontem a tarde, Lucas telefonou.
Antes do Sol, liguei pro Diego.
Tudo bem com meus guerreiros, cada um com sua batalha diária.
Minha benção pra vocês amores meus.


Figos deliciosos, no ponto perfeito entre o verde e o maduro.
Cortar em quatro e afundar os dentes na polpa.
Praticamente erótico de tão bom.

Conheci MC Solaar nas estadias em Brasília, na segunda metade da década de 2000.
Com Lucas e Durval, cuja discoteca me abriu maravilhas, com Fabinho, Anginha e Elaine e Kaká, nos parques, na ponte estaiada, lago Paranoá, nas ruas e avenidas, e em Pirenópolis, é pra lá que viajo quando escuto.
Muito bom.

Fiquei curtindo, alongando e dançando, por horas, no quintal.
E fazendo uma coisinha aqui, outra ali, trabalhando o acervo da varanda com vagar, desprendimento e amor.

O Casa da Sogra de hoje estava muito dançante, propício e combinando com o propósito que me dei quando olhei pro céu, ao acordar.
Alheiamento. Necessário.

Viajei na música da Marrom.
Ahhhhhhh, quantos relaciomentos tóxicos me permiti.
A fragilidade interior que nos deixa expostos.

A envelhescência e a lucidez sobre exatamente o que eu não quero pra mim, nunca mais, é um presente precioso

Tem o melhor do amar também.
E, depois do que me livrei, vieram as memórias dos amores deliciosos que guardei.
Aí o sol brilhou décadas de verões vividos intensamente.
E hoje, ahhhhhhh, está tudo tãotão bem.

Pra onde olho tem sempre o verde e o azul.
Maritacas e cigarras fazem sua música nas árvores.

Minha casinha simples, meu reino 10×20, que tem minhas cores e sabores, tão gostosinha e segura.
Confortável e integrada me sinto aqui.

Sempre agradecendo.

5 horas no quintal.
Os pensamentos aquáticos sairam da piscina pro chuveirão.
E foi muito prazeroso.

Alheiar: a arte de tirar um tempo pra se dedicar ao seu infinito particular; fortalecedor do íntimo necessário e definido pelo sujeito da situação.
(do meu dicionário pessoal)

Replico esse texto, que tirei de um post do Alcir.

“A VIDA É LOKA
Esses dias tinha um moleque na quebrada
com uma arma de quase 400 páginas na mão.
Uma minas cheirando prosa, uns acendendo poesia.
Um cara sem nike no pé indo para o trampo com o zóio vermelho de tanto ler no ônibus.
Uns tiozinho e umas tiazinha no sarau enchendo a cara de poemas. Depois saíram vomitando versos na calçada.
O tráfico de informação não para,
uns estão saindo algemado aos diplomas depois de experimentarem umas pílulas de sabedoria.
As famílias, coniventes, estão em êxtase.
Esses vidas mansas estão esvaziando as cadeias e desempregando os Datenas.
A Vida não é mesmo loka?”
Sergio Vaz, em “Flores de Alvenaria”

Preparei massa verde com molho funghi da Amando Massas.
Almoço leve e extremamente saboroso.
Recomendo muito.

A tarde ao meio.
Calor calor calor.
Nuvens branquinhas que podem formar a tempestade da tarde
Ou não.

Por aqui tudo bem, tudo bom.

Para reflexão.
“O difícil me excita.
O fácil me entedia.”
Paul Valèry

Resistir intimamente também.

Seguimos.