Ainda quarta-feira.
Nilson chegou antes das 17h.
Muita prosa na varanda.
Montei o kibe, abrimos uma cerveja.
The Beatles na vitrola.
Sargent Peppers original.

Fer avisou que não viria.
Compromissos da Amando Massas.
O kibe assando.

Cazuza ao vivo, O Tempo não para.
A prosa viajou num passado em comum e com boas histórias.

O amigo foi e eu fiquei na varanda.
Calor calor calor.

“👏👏👏👏👏👏👏👏
Parabéns pelo niver da coluna.”
Sandra Peduti, a amiga amada que tem me orientado na resistência.

“Deia, amore, como disse o Hermann  Hesse : a hora mágica chega sempre, para mim chega sempre que sua coluna é  postada! Adoro!”
Vital, o multi talento luuuuxoooooo!

Isabel Barreiros trouxe Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), o poeta que encantou minha geração, as anteriores, as próximas…

“Para você, desejo o sonho realizado.
O amor esperado.
A esperança renovada.
Para você, desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir.
Todas as musicas que puder emocionar.
Desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
que sua família esteja mais unida,
que a sua vida seja mais bem vivida.
Gostaria de lhe desejar tantas coisa.
Mas nada seria suficiente …
Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto, rumo da sua felicidade.”

Todi Nóbrega retornou.
Quantas saudades dos dias que passamos juntas em Floripa, 2015.
Siiiimmm, amiga!
Podemos fazer planos de voltar, será uma alegria!


Acordei perdida, tarde.
Banho, café puro, e saí.
Dia de manicure e depilação.

Mamãe vai voltar hoje a noite.
Já estou com muitas saudades.

Por falar em saudades, #tbt…


Tivemos um dia especial na cidade do Porto.
Foi em 2016, numa viagem tãotão esperada e que nos uniu num nó de amor bem apertado.
Sempre faço orações por vocês, meus filhos.
Daquele meu jeito de falar com Deus, olhando pro céu e andando pelo quintal da nossa casa.

O que tem me perturbado, realmente, é a incerteza sobre a possibilidade de ir encontrá-los.
O calendário de vacinação muda a cada dia.
A postura do Brasil, aos olhos dos outros países, nos isolou.

Na manicure.
Sempre muito gostoso estar com a Tati Fernandes e a Tammy.
Também adoro encontrar a Jô, psicóloga e cliente, com sua espontaneidade e boas vibrações.

Lulu Santos combinando total com esse dia de outono extremamente verânico.
Deu vontade de dançar.

A rua Velho Cardoso é um baú de memórias.
Todas as vezes que passo por ela me emociono.
A menina, a adolescente, a mocinha, a mulher, a irmã, a filha, a mãe, todas as Andreas que me habitam caminharam ali.
Dá muita saudade e muita alegria.
Tantos amigos amados, ahhhh… delícias do viver!

“…Que a vida é mesmo coisa muito frágil
Uma bobagem, uma irrelevância
Diante da eternidade
Do amor por quem te ama
Por onde andei…”

Depilação.
Conheci o novo endereço da Inô Florencio.
Na rua General Telles, atrás do BTC.
Felipe Jesus, seu espaço é muito harmonioso, parabéns!

As ruas silenciosas e quase vazias.
Como moro nos Comerciários isso pra mim é bastante comum.
Mas no centro…meu segundo dia por aqui depois de duas semanas e o estranhamento é até engraçado.
Porque, que booooommmm!
Parece que, finalmente, as pessoas estão se conscientizando que está em nossas mãos, em aceitarmos as regras sanitárias e fazermos, todos nós, nosso papel de cidadãos.

Carlos Ronan, primo mais que dimais, me enviou esse texto, que compartilho com prazer.
Penso que os textos filosóficos nos fazem pensar, refletir e dão saúde a nossa mente.

Nos seus 99 anos, o filósofo francês Edgar Morin  fala que está vivendo uma crise nova, a pandemia…

‘Surpreendi-me com a pandemia mas em minha vida estou habituado a ver chegar o inesperado.
A chegada de Hitler foi inesperada para todos. O pacto germano-soviético foi inesperado e inacreditável. O início da guerra da Argélia foi inesperado.
Eu só vivi pelo inesperado e pelo hábito com crises.
Nesse sentido, estou vivendo uma crise nova, enorme, mas que tem todas as caraterísticas da crise.
Isto é, de um lado suscita a imaginação criativa e, de outro, suscita medos e regressões mentais.
Buscamos todos a salvação providencial, só que não sabemos como. É preciso aprender que na história o inesperado acontece, e acontecerá de novo.
Pensamos viver certezas, com estatísticas, previsões, e com a ideia de que tudo era estável, quando já tudo começava a entrar em crise. Não nos demos conta.
Precisamos aprender a viver com a incerteza, isto é, ter a coragem de enfrentar, de estar pronto para resistir às forças negativas.
A crise nos torna mais loucos e mais sábios. Uma coisa e outra.
Grande parte das pessoas perde a cabeça e outras tornam-se mais lúcidas.
A crise favorece as forças mais contrárias. Desejo que sejam as forças criativas, as forças lúcidas e as que buscam um novo caminho, aquelas a se imporem,  embora ainda sejam muito dispersas e fracas.
Com razão podemos nos indignar mas não devemos nos trancar na indignação.
Há algo que esquecemos: há vinte anos começou um processo de degradação no mundo.
A crise da democracia não é apenas na América Latina, mas também nos países europeus.
A dominação do lucro ilimitado que controla tudo está em todos os países. Idem a crise ecológica.
O espírito deve enfrentar as crises para dominá-las e superá-las. Do contrário somos suas vítimas.
Vemos hoje instalarem-se os elementos de um totalitarismo. Este, não tem mais nada a ver com o do século passado.
Mas temos todos os meios de vigilância a partir de drones, de celulares, de reconhecimento facial.
Existem todos os meios para surgir um totalitarismo de vigilância.
O problema é impedir que esses elementos se reúnam para criar uma sociedade totalitária e invivível para nós.
Às vésperas dos 100 anos, o que posso desejar? Eu desejo força, coragem e lucidez. Precisamos viver em pequenos oásis de vida e de fraternidade.”

Em casa.
Calor calor calor.
Ducha no quintal.
Repeteco de kibe assado com salada de tomates.

“Pensas que eu sou um caso isolado
Não sou o único a olhar o céu
A ver os sonhos partirem
À espera que algo aconteça
A despejar a minha raiva
A viver as emoções
A desejar o que não tive
Agarrado ás tentações
E quando as nuvens partirem
O céu azul brilhará
E quando as trevas abrirem
Vais ver, o sol brilhará..”

Vamos acreditar!
Fortaleza e fé.

Para reflexão.


Resistir sempre!

Seguimos.