Comecei a ler “Eu sei porque o pássaro canta na gaiola.”.
Ganhei da Anginha, ela nos pensamentos, no meu aniversário passado.
“Não existe agonia maior do que guardar uma história não contada dentro de você.”
Contar nossas histórias pessoais é um processo de auditoria pessoal.
Auditoria, como me disse Sandra Peduti.
Sim. É catarse, é libertador.

Como livre foi Cassia Eller, que completaria 58 anos hoje.
Que geração a nossa!
Mulherada ma-ra-vi-lho-sa, que foi atrás do seu lugar sob todos os sóis, enfrentando todos os tipos de preconceitos e hipocrisias.
Salve Maya!
Salve Cassia!
Por falar em Anginha…
” Você falou de Clarice e do niver da Cassia em sua coluna. Lembrei da música “que o deus venha”, texto da Clarice, musicado e cantado pelo Cazuza, e maravilhosamente pela Cassia”… ahhhhhhh, que preciosa participação!

E assim, embalada pelas canções e as palavras, dormi.
Acordei assustada.
Muito pontual, foi só abrir a janela e a porta da sala e chegaram meus amigos ” faz tudo”.
Começando a pintura de grades e fachada da minha casa.
Felizfeliz estou.
Falei com a mamãe, toda animada.
Prosa longa com o Lucas, delícia.
Google fotos me presenteou com uma foto minha e do Diego, saudade matadeira.
10 de dezembro.
58 anos de Cássia Eller, 100 anos de Clarice Lispector.

20 anos de Isadora, vivas!
Lembro exatamente desse dia, dia lindo, quando o Lucas chegou na chacrinha todo feliz… Mamãe, minha irmã nasceu!
Isa é uma mulher linda, admirável, parceira da mãe Júlia, outra lindeza, a irmã amada de Lucas, Diego e Pedrinho., do Iuri e da Monica.
Inteligente e dedicada, trabalhadora e, também, atriz.
Acabou de estreiar o filme Black. Sucesso!
Meus desejos de tudotudotudo de divino e maravilhoso no seu caminhar, querida.
Que seu vôo pelo viver seja sempre de emoções e alegrias.
Sou muito fã.
Amor e beijos!
Essas meninas sempre surpreendentes.
Muito bom!
Ana Claudia Barreiros, a bela filha da bela Isabel, atriz que é, homenageou Clarice nesse vídeo maravilhoso.

Hoje também é o Dia internacional dos Direitos Humanos.
Nesse planeta tãotão desigual, onde o preconceito em todas as suas faces horrendas se mostra, as guerras e religiões se conflituam, há que se fazer cada um a sua parte, trabalhando interiormente para ser um ser humano melhor.
Os direitos de cada um dos humanos por vida, água, alimentação, educação, saúde, moradia, segurança e liberdade para ser o que se é…essa luta é diária e de todos nós.
“Adorei a coluna de hoje e queria participar da homenagem a Cassia Eller
Ela me inspirou muito com a postura firme de não abaixar a cabeça pros outros em relação a quem ela era. Essa força de dar a cara a tapa nas canções e nos gestos me ensinou muito como gay a me afirmar e me aceitar. Minha música favorita é Rubens, um dos meus hinos de adolescente em Botucatu.”, Lucas Morato

No meu aniversário de 41 anos, 2001, estávamos começando a festa na chacrinha.
Moritz estava em Botucatu e chegou carregado de delícias pra fazer pizzas.
No deck o cd da Cássia que o Lucas me pediu de Natal.
E, no jornal nacional, naquele momento tãotão feliz, tivemos a notícia da morte dela.
Inesquecível.

Em 2014, eu e Lucas assistimos o musical em homenagem a ela no CCBB, em São Paulo.
Muito emocionante, parecia ser ela mesma no palco.
“Malandragem para coluna de niver Cássia Eller”, Cris Clementino.
“A minha predileta é Malandragem”, Alcir.

Vou pedir “O Segundo Sol”
Amooo cantar essa música!, Tati Fernandes, mãos de fada e cantante.

Ahhhhhhh, que delícia começar o dia assim.
Café da manhã e plantinhas.

E o tomateiro floriu, ebaaaaa!
Também as beterrabas esperam pra ser colhidas pelo visitante.
Sobre Clarice.
Nascida na Ucrânia, chegou ao Brasil bebezinha, em 1922, com pai, mãe e duas irmãs.
A família fugia da perseguição aos judeus após a Revolução Russa de 1917.
A eterna diáspora, ahhhhhhh…
De Maceió para o Recife e, depois Rio de Janeiro, os Lispector abrasileiraram seus nomes e Chaya virou Clarice.
Morou em vários países, acompanhando o marido diplomata.
Separada, voltou pro Rio e morreu um dia antes do seu aniversário, em 1977.
Sobre a literatura de Clarice.
“Em relação à obra de Clarice, Noeli Lisbôa, mestre em Teorias do Texto e do Discurso, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), diz que nos romances praticamente não há enredo.
De tal modo que a escritora afirma em Água Viva: ‘gênero não me pega mais’, porque ela rompe realmente com a estrutura dos gêneros literários”, explica. “O que me interessa realmente na Clarice é o questionamento que ela faz da linguagem, de seus limites, de sua incapacidade de expressar a vivência humana. Há duas frases dela que são expressivas disso:
‘Viver não é relatável’ e
‘A realidade não tem sinônimos’.
A obra dela me parece extremamente importante, porque é inovadora exatamente neste questionamento que faz da linguagem.”
O rolê na casa, essa manhã, foi intenso.
Tenho a sorte de ter pessoas bacanas me ajudando.
Banho e saí.
Nadar é tudo que preciso antes das tarefas na Amando.

“…o que está acontecendo?
O mundo está ao contrário e ninguém reparou…”
Na Ferrô.
Que alegria!
Diminuí meu tempo em 3 minutos.
O corpo se adaptando a nova distância.
Encontrei minha prima Elizete e sua filha Clara.
Os pensamentos aquáticos acharam ouvidos e a prosa foi muito bacana.
Na Amando.
Ademar recebeu, meu remédio de uso contínuo teve aumento, travesseiros ok.
Exausta, famélica e muito feliz e grata, cheguei em casa.
A pintura segue.
A vida segue.
Tudo bem, tudo bom.

Agradeço aos queridos que participaram das homenagens.
Vocês são maravilhosos!
Para reflexão.

Resisto sem preguiça.
Seguimos.