Sonhei com os amigos.
Foi muito bom, voltei no tempo, décadas. Talvez pelas prosas de ontem. Talvez pelas saudades de estarmos juntos. Ou, também, pelas vibrações deliciosas daquela época de BTC, Sheik, Mocó e toda a vida adulta pela frente.
Acordei muito feliz.
(Vídeo do You Tube)
O Juiz do Tribunal de Justiça do Estado proibiu o comércio de Botucatu de continuar atendendo em drive thru. Essa foi a notícia que fez nossa cidade dormir pasma.
Como sabemos, o gabinete de prevenção do município está um sucesso. Testagem maior do que a Coréia, percentual de infectados e óbitos baixo. Como o prefeito Pardini está dizendo no jornal da clube, não tem uma explicação razoável. Recorreu.
Na tv.
A destruição da Amazônia, em abril, foi 10 vezes maior que em abril do ano passado.
Triste Brasil desgovernado!
“Estamos a destruir o planeta e o egoísmo de cada geração não se preocupa em perguntar como é que vão viver os que virão depois. A única coisa que importa é o triunfo do agora. É a isto que eu chamo a cegueira da razão.”
José Saramago, Ensaio sobre a cegueira.
Céu azul exuberante.
Olhando pro calendário veio a questão.
Comecei o outono em quarentena. Sairei até a primavera?
Café da manhã, banho e saí.
As obras na beira do Lavapés não param.
Muito bacana de ver o empenho da administração e das famílias na reconstrução.
Fui visitar a mamãe.
Uma semana sem vê-la. Muitas saudades.
Ela testou negativo pra Covid 19. Eita Marqueza, guerreira!
A Pretinha está impossível, muito mimo e safadeza. Tem ciúmes da mamãe. E é a companheirinha.
Na Major Matheus poucas filas nos bancos.
Mas muitas lojas desrespeitando a nova decisão.
Todos mascarados.
Como bem disse Antônio Calone, parece que estamos num filme de ficção.
Em casa.
Sinto muita falta da rotina anterior, de ir ao clube, caminhar até a casa da mamãe, encontrar os amigos, ir no Piritas e ficar lendo na mesa 11.
E agora, quase dois meses depois, sair de casa está sendo estranho.
Não tenho tesão. Quero ficar aqui, fazer minhas coisinhas, tudo bem tranquilo.
Além disso, o transporte público está fazendo horário de domingo e, então, perde-se muito tempo esperando e não posso usar aplicativo todos os dias.
Estou envelhecendo, sim.
Bicho caseiro.
Tem momentos em que não me reconheço.
Mas gosto cada vez mais de quem sou.
E, claro, posso e tenho muito a melhorar.
(Vídeo do You Tube)
Almocei muito beeeeemmmm!
Rocambole de carne e torta de maçã da querida Júlia, que Isadora me trouxe ontem.
Esse lance de trocar comidinhas é um carinho que alimenta o corpo e a alma.
Depois de almoçar, um soninho bom.
Hoje não quero saber de nada sobre pandemia e PanDemônio.
Mesmo porque, pra que?
Saber hoje ou amanhã não vai mudar nada pra mim aqui em casa.
Ao contrário, causa um tumulto emocional que tem ocupado grande espaço aqui dentro.
Preciso desse espaço de volta. Nem que seja só por hoje.
Cuidei das plantas e agora vou caminhar.
Para reflexão:
“A liberdade exterior que conseguiremos depende exatamente do grau de liberdade interior que possamos ter desenvolvido num dado momento.
E, se essa é uma visão correta de liberdade, nossa principal energia deve ser concentrada em obter a reforma interior.”
Mahatma Gandhi.
Resistiremos, sempre!
Seguimos.
